Doce tinha sido descontinuado havia 26 anos, mas ainda vivia na memória afetiva dos moradores da região
doce
Julio Cesar Ferreira, dono da Guaxupé Alimentos Divulgação

O publicitário Julio Cesar Ferreira, de 70 anos, tem uma trajetória de mais de quatro décadas em grandes veículos de mídia, e até chegou a empreender com uma agência de representação de veículos.

Com o início da pandemia de covid-19, ele resolveu retornar para sua cidade-natal, Guaxupé, em Minas Gerais, de onde havia saído em 1969 para buscar oportunidades profissionais, e aproveitou para tirar do papel um sonho antigo: trazer de volta o Doce de Leite Guaxupé, que foi descontinuado nos anos 1990. A projeção é de faturar R$ 1 milhão em 2023.

Ferreira conta que a cidade tem uma relação afetiva com a marca, que foi criada em 1965 e reflete “o estado de espírito de Guaxupé”. A fama ultrapassou fronteiras, e o doce ficou conhecido em todo o país. No passado, era produzido pela Produtos Alimentícios Guaxupé, que pertencia a um cunhado de Ferreira. A empresa também era conhecida por itens como goiabada, compotas e extrato e molho de tomate, enfrentando concorrentes de peso, mas encerrou as atividades em 1996.

Para tirar o doce de leite da memória e colocá-lo de volta às gôndolas, Ferreira abriu a Guaxupé Alimentos em julho de 2022, e até o momento investiu mais de R$ 500 mil no negócio. O empreendedor garante que a fórmula do doce de leite, o carro-chefe da empresa, é exatamente a mesma que tornou o produto conhecido. Somente a embalagem é diferente: em vez das latas, entram em campo os vidros e o plástico. A produção dos doces de leite é feita em uma fábrica terceirizada em Jureia, distrito de Monte Belo, cidade próxima a Guaxupé.

Doce de leite Guaxupé voltou com vendas pela internet — Foto: Reprodução / Instagram @guaxupealimentos

Doce de leite Guaxupé voltou com vendas pela internet —

Foto: Reprodução / Instagram @guaxupealimentos

Além do doce de leite, a empresa aberta por Ferreira colocou no mercado um novo portfólio de itens, como goiabada e shanklish (queijo árabe). Ele também abriu uma segunda marca, a Natury, que já trabalha com produtos como mel e água mineral e deve incorporar, em breve, opções de macadâmia, cerveja artesanal e cold brew. Também está no pipeline o lançamento de uma cachaça chamada Iluminada, com a catedral na cidade estampada no rótulo.

Também há uma frente B2B, que vende para docerias e franquias de bolo, por exemplo. Agora, o foco tem sido investir na representação comercial para levar os itens para Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. A projeção é que a empresa fature R$ 1 milhão neste ano e consiga um crescimento de 25% ao ano a partir de 2024.

Ferreira está animado com a nova empreitada, mas revela que esse não é exatamente seu primeiro negócio inspirado em Guaxupé e fora do ramo de comunicação. “Para você ter uma ideia, em 1987 lancei de brincadeira o Ar de Guaxupé. Tenho ainda algumas garrafinhas”, conta.

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Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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