O grupo de 22 empresários sul-mato-grossenses que está na China teve agenda cheia nesta quarta-feira (16). Além de visitar grandes fábricas do país, os gestores estiveram em Shenzhen, capital do polo tecnológico asiático, para conhecer a indústria que movimenta o mundo.
Leia também: China mira empresas europeias em investigação antissubsídios em laticínios da UE
Segundo o diretor de relações internacionais da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), Aurélio Rolim Rocha, a primeira parada foi nas quatro companhias chinesas listadas na bolsa de valores. A gigante automobilística, BYD, a aérea Ehang, a fábrica de laticínios da IATA e a central de componentes da Huawei.
“A gente teve uma visão dessa nova China, da sofisticação industrial chinesa. Isso foi bastante interessante. Shenzhen equivale ao Vale do Silício da China”.
EDAIRY MARKET | O Marketplace que Revolucionou o Comércio Lácteo
Ainda de acordo com Aurélio, o grupo participou do encontro com o cônsul-geral do Brasil em Cantão, Alan Coelho.
“E ele fez, na verdade, uma explanação sobre as relações comerciais e políticas entre Brasil e China, lembrando que nós estamos comemorando 50 anos de parceria, traçando um panorama muito proveitoso de todas as oportunidades de negócios entre ambos os países”, discorreu.
Entre hoje e amanhã (17), os gestores continuarão na região metropolitana da cidade, para participar da 136ª edição da Canton Fair – feira de Cantão na tradução literal. “A mostra é a principal feira multissetorial do planeta. São mais de 50 mil stands com um verdadeiro ‘showroom’ da indústria e do potencial chinês. Tudo que a China produz, ela usa essa feira como forma de demonstrar como pode atender para o mundo inteiro”, finalizou o representante da Fiems.
O diretor executivo da BEM Inteligência de Dados, Emanuel Rocha, discorreu à reportagem como é estar do outro lado do mundo. “Estou muito animado, a feira é muito bem organizada com pavilhões de distintos segmentos de mercado.
Isso facilita para nós, empresários, que estamos buscando novos negócios. Há muita opção de novas tecnologias, novos produtos, produtos com preço e custo”.
Emanuel argumentou que o primeiro dia foi de prospecção. “Para entender os requisitos de produto, entender se as especificações batem com a nossa necessidade no Brasil.
Tenho uma empresa de tecnologia e consegui encontrar os itens pro meu negócio, itens que eu compro no Brasil a um valor até quatro vezes maior do que eu encontrei aqui. Então isso já é uma primeira grande oportunidade, reduzir custo de produção, custo com o produto”.
O grupo, que saiu do Brasil dia 10 de outubro, deve estar de volta no dia 20. Um dos convidados pelo CIN (Centro Internacional de Negócios), ligado à Fiems, é o diretor administrativo do Campo Grande News, Samuel Echeverria.
“Tem muita coisa importante para o setor de tecnologia da informação. Inovações na área de sistema de armazenamento de dados, transmissão de dados. Podemos aproveitar as novidades de infraestrutura tecnológica para o Campo Grande News”, completou Samuel.