Da mesma forma que muitos dos maiores grupos de carne do mundo atuam no setor de alternativas à carne, as maiores empresas de laticínios — ou grandes companhias de alimentos com forte presença no setor lácteo — também estão envolvidas na oferta de alternativas aos laticínios.
Não se trata de abandonar os produtos de origem animal, mas de compreender que há uma demanda crescente por leites, iogurtes, queijos e sorvetes de origem vegetal — produtos que já conquistaram seu espaço e formam uma categoria importante demais para ser ignorada.
Outros dois nichos que vêm atraindo interesse e investimentos são os laticínios sem origem animal e os produtos cultivados em laboratório.
Veja a seguir o que algumas das maiores empresas convencionais de laticínios estão fazendo nessas áreas:
Chobani
A gigante norte-americana de iogurtes Chobani entrou no mercado de produtos vegetais no final da década de 2010 e desde então continua investindo nesse setor.
Em maio de 2025, a empresa já comercializava mais de dez itens sob sua marca Chobani Oatmilk.
Nesse mesmo mês, a Chobani anunciou a aquisição da empresa norte-americana de alimentos congelados Daily Harvest.
Fundada em 2015, a Daily Harvest vende produtos congelados, incluindo smoothies, tigelas de café da manhã e refeições salgadas.
A marca também oferece um pó proteico à base de ervilha com o qual os consumidores podem preparar smoothies orgânicos e veganos em casa.
Danone
A gigante francesa dos laticínios tem feito diversos movimentos para consolidar sua posição no mercado de alternativas vegetais ao longo da última década.
O passo mais recente veio em maio de 2025, com a aquisição da participação majoritária na Kate Farms, uma empresa dos EUA que fabrica produtos nutricionais orgânicos e à base de plantas.
Fundada em 2011 por Richard e Michelle Laver, a Kate Farms, com sede na Califórnia, oferece desde shakes nutricionais vendidos no varejo até produtos para alimentação enteral fornecidos diretamente a hospitais.
A primeira grande aposta da Danone no setor plant-based ocorreu em 2016, quando comprou a WhiteWave Foods — fabricante norte-americana das marcas Alpro e Silk — por US$ 12,5 bilhões.
Em 2018, a empresa anunciou a meta de triplicar o tamanho de seu negócio plant-based, com objetivo de atingir 5 bilhões de euros em vendas até 2025. Desde então, investiu em capacidade produtiva e desenvolvimento de produtos.
Em fevereiro de 2019, a Danone anunciou a inauguração de um novo edifício dedicado exclusivamente a alimentos vegetais em sua fábrica em DuBois, na Pensilvânia, incluindo a produção de iogurtes.
No final daquele ano, foi divulgado que a Danone havia investido, por meio de seu fundo de capital de risco Danone Manifesto Ventures, na startup norte-americana Hälsa Foods, especializada em alimentos plant-based.
Também em dezembro de 2019, a Danone revelou à Just Food seus planos de impulsionar as alternativas vegetais por meio de suas marcas mais conhecidas.
A fabricante de Activia também é acionista majoritária da Harmless Harvest, empresa dos EUA que vende bebidas e iogurtes à base de coco.
Em junho de 2022, a Danone, junto ao grupo Green Monday, investiu na britânica Minor Figures, especializada em leite de aveia.
Em abril de 2023, a Danone voltou a investir em inovação no setor com a compra de participação na Imagindairy, uma startup israelense de laticínios sem origem animal, fundada em 2020 e especializada em fermentação de precisão.
Os valores da operação, feita por meio da Danone Manifesto Ventures, não foram divulgados.
Em novembro de 2023, a Danone firmou um acordo com a canadense Else Nutrition, fornecedora de fórmulas infantis à base de plantas.
As duas empresas assinaram uma carta de intenção para uma colaboração em várias etapas, sujeita à finalização de termos comerciais específicos, após um processo de diligência conduzido pela Danone.
Else e Danone assinaram ainda um contrato de licenciamento, permitindo que os produtos da Else sejam incluídos no portfólio de nutrição especializada da Danone, sendo produzidos, comercializados e distribuídos pela multinacional francesa.
Arla Foods
A gigante dinamarquesa de laticínios entrou no crescente mercado de alternativas aos laticínios em março de 2020, seguindo os passos de empresas como Danone e Lactalis.
A Arla anunciou o lançamento de uma linha de bebidas geladas à base de aveia, comercializadas sob uma nova marca chamada Jörd, inicialmente disponíveis na Dinamarca, Suécia e Reino Unido.
Na época, a Arla afirmou que as bebidas continham “até 50% mais aveia em comparação com produtos concorrentes”, sem especificar quais.
Em 2024, após meses de especulações, a empresa — que tem a manteiga Lurpak como uma de suas marcas internacionais emblemáticas — lançou uma versão vegetal do produto.
Em agosto daquele ano, a Arla lançou o Lurpak Plant Based em seu mercado doméstico e no Reino Unido.
Peter Giørtz-Carlsen, vice-presidente executivo e COO da Arla Foods, declarou na época: “Como uma cooperativa de produtores, os laticínios são e sempre serão o coração da Arla. Mas, para fortalecer a posição das nossas marcas e atrair novos consumidores, precisamos inovar.”
Em janeiro de 2025, a Arla anunciou que estava retirando sua marca de bebidas vegetais Jörd do mercado varejista do Reino Unido. A variante barista seria mantida como produto sem marca no canal de foodservice, mas os produtos de marca seriam retirados das prateleiras dos supermercados.
Lactalis
Em dezembro de 2019, a francesa Lactalis, concorrente da Danone, anunciou que levaria sua marca de iogurtes Siggi’s para o mercado vegetal.
Segundo a Lactalis, o lançamento ocorreu após dois anos de desenvolvimento e “preenche lacunas importantes que os consumidores buscavam em produtos não lácteos similares.”
Os novos iogurtes — baseados nos tradicionais produtos Skyr islandeses da Siggi’s — são feitos com uma mistura de coco, macadâmia e proteína de ervilha.
“Há quase 15 anos, iniciamos uma revolução de ingredientes simples e com pouco açúcar com o nosso Skyr, e agora continuamos esse compromisso também no segmento vegetal.”
A Siggi’s foi comprada pela Lactalis em janeiro de 2018 por um valor não revelado.
Em agosto de 2022, o Grupo Lactalis revelou planos para converter uma fábrica de leite no Canadá em uma unidade para produção de alternativas vegetais aos laticínios.
A planta em Sudbury, Ontário, deixaria de operar com leite devido à “baixa rentabilidade do mercado de leite fluido” localmente.
A subsidiária canadense da Lactalis atualmente oferece produtos vegetais como Sensational Soy, a margarina Lactantia e os iogurtes alternativos à base de coco da Siggi’s.
DMK
No outono de 2021, o maior grupo lácteo da Alemanha lançou uma nova divisão focada em alternativas vegetais aos laticínios.
“As alternativas vegetais chegaram ao mainstream e representam prazer e variedade de sabores, especialmente entre os jovens. Com a crescente demanda por proteína em todo o mundo e mudanças sociais em curso, a procura por alternativas aumentará ainda mais no futuro.
Como cooperativa láctea voltada para o futuro, não podemos ignorar essa tendência em nenhuma de nossas áreas de atuação”, afirmou o CEO Ingo Müller.
A DMK planejou lançar leite achocolatado vegano e sobremesas à base de arroz através de varejistas alemães na primavera de 2022.
Em abril de 2022, a empresa também lançou um sorvete vegano em parceria com a confeitaria alemã Katjes Group.
Em setembro de 2022, a DMK lançou o queijo vegetal Velander, inicialmente disponível para clientes industriais a partir do quarto trimestre.
O CEO Müller comentou: “Queremos oferecer aos nossos clientes uma linha de produtos completa e preparada para o futuro. Ao complementar nossa linha principal com o nosso queijo vegetal, agora podemos oferecer aos nossos clientes a opção de atender também aos consumidores de produtos veganos.”
General Mills
A empresa norte-americana General Mills realizou algumas iniciativas no setor de laticínios vegetais, centradas na marca de iogurtes Yoplait.
Em dezembro de 2019, lançou o Oui Dairy Free Coconut Dairy Alternative nos EUA — um produto à base de coco, com sabores como baunilha, morango, manga e framboesa.
Em julho de 2021, anunciou o lançamento de uma versão à base de amêndoas do produto Petits Filous no Reino Unido.
No mesmo ano, testou um cream cheese sem ingredientes animais, produzido via fermentação de precisão, sob a marca Bold Cultr, vendido em lojas da rede Hy-Vee.
Em fevereiro de 2023, foi revelado que a unidade de inovação G-Works da General Mills passou a utilizar a proteína de soro sem origem animal da empresa israelense Remilk, substituindo a fornecida pela Perfect Day.
Em março de 2023, a General Mills retirou a marca Bold Cultr do mercado. Em seu site, uma nota dizia: “Queridos fãs e clientes, é com o coração apertado que informamos que encerramos nossas atividades em 27 de fevereiro de 2023.”
Saputo
O grupo canadense de laticínios, um dos maiores do mundo, adquiriu a fabricante britânica de queijos vegetais Bute Island Foods em maio de 2021.
Lino Saputo, presidente e CEO, afirmou que o acordo “marca um passo importante para acelerar nosso crescimento global nessa área, colocando a inovação como prioridade.”
Até então, os esforços da Saputo no setor de alternativas vegetais vinham de lançamentos próprios. Em outubro de 2019, anunciou que a marca britânica Vitalite — adquirida junto com a Dairy Crest — passaria a incluir queijo vegano no portfólio.
Nestlé
A maior empresa de alimentos do mundo investe em alternativas vegetais tanto em carnes como em laticínios.
A Nestlé é dona da equatoriana Terrafertil, que produz alimentos e bebidas orgânicas à base de plantas. Em 2018, lançou leite de amêndoas com frutas no México sob a marca Nature’s Heart.
Em junho de 2022, a unidade SMA Nutrition lançou a bebida vegetal Little Steps Plantygrow, voltada para crianças de 1 a 3 anos.
Sem açúcares adicionados, contém vitaminas A, C, B2, B12, ferro, iodo, ômegas 3 e 6, cálcio e vitamina D.
Em dezembro de 2022, anunciou um teste de bebidas sem leite animal nos EUA sob a marca Cowabunga, com sabores leite e chocolate, usando proteína da Perfect Day.
Os produtos foram vendidos como “bebidas” sem lactose e enriquecidos com cálcio e vitamina D, em lojas Safeway na área da baía de San Francisco.
A parceria com a Perfect Day havia sido revelada meses antes, via o acelerador de P&D da Nestlé nos EUA.
Bel Group
Conhecido pelas marcas Laughing Cow e Babybel, o grupo francês Bel lançou uma estratégia “plant-forward” em 2019.
Anunciou que transformaria seu modelo de negócios e marcas para acelerar o crescimento sustentável, com um portfólio ampliado de produtos lácteos, de frutas e híbridos.
Em fevereiro de 2020, investiu na startup israelense de iogurtes sem leite Yofix Probiotics. Em março, adquiriu 80% da fabricante francesa de queijos vegetais All In Foods.
Em outubro, anunciou alternativas sem leite para todas as suas marcas, começando por Boursin.
Em 2021, passou a apoiar o fundo de proteínas alternativas Big Idea Ventures e lançou a marca vegetal Nurrish.
No ano seguinte, adquiriu participação na startup parisiense Standing Ovation, que desenvolve caseínas sem origem animal via fermentação.
Em 2023, fechou parceria com a startup de IA Climax Foods para desenvolver versões vegetais de suas marcas e comprou uma fatia da empresa.
Müller
Outra gigante europeia que entrou no mercado vegetal foi a alemã Müller.
Assim como a Bel, investiu na Yofix em 2020. Benjamin Bugl, diretor da Müller Ventures, disse que os produtos da
Yofix “oferecem uma gama única de sabores e texturas”, com um diferencial importante por não conter ingredientes artificiais.
Em 2021, a Müller anunciou o lançamento de sua primeira linha de produtos veganos.
Kerry Group
O grupo irlandês Kerry oferece uma linha sem laticínios desde 1994. Sua marca Pure, baseada em cremes vegetais, é livre de laticínios, glúten, lactose, sabores e corantes artificiais, conservantes, aditivos, ingredientes transgênicos e gorduras hidrogenadas — e é certificada como livre de laticínios.
Em 2016, a marca foi expandida para o segmento de refeições prontas no Reino Unido.
Valio
No final de 2017, a cooperativa de laticínios finlandesa Valio lançou a Valio Oddlygood, uma linha de produtos não lácteos feita com aveia finlandesa.
Os iogurtes Valio Oddlygood são um lanche cremoso, estilo iogurte, feito com aveia finlandesa, enquanto a bebida de aveia Valio Oddlygood também é produzida com aveia do país.
A gerente de negócios da Valio, Anne Arponen, afirmou: “Estudos mostram que os consumidores querem uma variedade maior de produtos vegetais com bom sabor e de origem local.
Os consumidores gostam de experimentar produtos de base vegetal. Os produtos não contêm leite, portanto também são uma boa opção para veganos e pessoas alérgicas ao leite.”
Em maio de 2021, a Valio separou o negócio Oddlygood e buscou um parceiro investidor. Sete meses depois, anunciou a Mandatum Asset Management como novo investidor minoritário da Oddlygood. A Valio permanece como acionista majoritária.
Em outubro de 2023, por meio da Oddlygood, a Valio comprou a marca sueca vegana Planti, pertencente à Kavli Holding da Noruega.
O acordo fez da Oddlygood a proprietária da marca Planti e dos direitos de propriedade intelectual relacionados. A linha de produtos da Planti inclui alternativas vegetais ao leite, iogurte e crème fraîche.
Como parte da aquisição, a Valio também adquiriu a fábrica da Planti localizada na cidade finlandesa de Turku.
Granarolo
O grupo italiano de laticínios Granarolo possui uma linha de produtos sem leite feita com ingredientes locais – soja e arroz cultivados na Itália.
A linha inclui bebidas sem leite feitas de soja, arroz, avelãs, amêndoas e coco, iogurtes de soja, cremes culinários e sorvetes italianos de soja.
Todos os produtos de soja 100% sem leite da Granarolo são certificados segundo o padrão DTP 030 – produtos que não contêm nem derivam de soja geneticamente modificada.
PHW Gruppe
Em setembro de 2019, o gigante alemão da carne PHW Gruppe adquiriu os direitos de distribuição do queijo mozzarella vegano Mondarella, da start-up italiana AIXA Trade.
A PHW Gruppe detém os direitos de distribuição para toda a Europa e fornecerá os canais de varejo e foodservice a partir da primavera seguinte.
O Mondarella é um produto vegano feito à base de amêndoas, azeite de oliva, sal marinho e água. Visualmente, é semelhante à mozzarella de búfala.
Marcus Keitzer, membro do conselho da PHW responsável por fontes alternativas de proteína, afirmou na época: “Nossa parceria estratégica de distribuição com a AIXA Trade é uma adição empolgante ao nosso negócio de proteínas alternativas, que está em construção.
Trazemos para essas parcerias nosso forte know-how em vendas e décadas de experiência no mercado europeu, para que esta nova geração de produtos vegetais tenha sucesso o mais rápido possível. O Mondarella é versátil e pode ser usado em muitos pratos, como caprese, saladas, hambúrgueres e pizza.”
A AIXA Trade, com sede em Valledoria, Sardenha, foi fundada em 2017. Suas ideias de produtos são desenvolvidas na Itália, aprimoradas na Alemanha por técnicos de alimentos e depois produzidas e distribuídas por fabricantes experientes.
Em fevereiro de 2019, a PHW Gruppe assinou um acordo de armazenagem, merchandising e distribuição com a norte-americana Just para seu produto de ovo vegetal Just Egg na Europa.
HP Hood
Em dezembro de 2018, o grupo de laticínios Hood, com sede no estado de Nova York, lançou sua primeira linha de leite vegano sob a marca Planet Oat.
A linha Planet Oat está disponível em quatro sabores: Original, Extra Cremoso, Baunilha e Chocolate Amargo.
A Hood, que remonta a 1846, produz itens como leite Lactaid, sorvetes e cottage cheese. A empresa desenvolveu seu leite de aveia para oferecer aos consumidores uma alternativa vegetal versátil.
Chris Ross, vice-presidente de marketing da Hood, afirmou: “Hoje, o consumidor é forçado a fazer concessões toda vez que usa ‘leite’ – um para cozinhar, um para as crianças, outro para o café, outro para os smoothies, outro para o bem-estar geral.
E mesmo assim, há concessões conscientes em sabor, satisfação, nutrição e preocupações com o bem-estar animal e o meio ambiente.”
Delamere Dairy
A britânica Delamere Dairy lançou sua primeira linha de bebidas vegetais com marca própria – Planted – em 2018.
A empresa de Cheshire, especializada em leite de cabra, disse que o novo produto se baseia em seu “histórico em alternativas ao leite”.
Dois sabores foram lançados: Coco com Cacau Fairtrade e Aveia com Banana.
Os produtos Planted são enriquecidos com cálcio, vitamina D e vitamina B12, e aprovados pela Vegetarian Society como veganos – ou seja, são livres de ingredientes de origem animal, sem OGM e sem contaminação cruzada na produção.
Emmi
Em abril de 2020, o grupo suíço de laticínios Emmi anunciou sua entrada no mercado de alternativas vegetais ao leite com o lançamento da linha Beleaf.
A Emmi afirmou que seu objetivo é competir com “produtos veganos importados” por meio dessa linha, que será vendida no varejo doméstico.
A linha Beleaf inclui alternativas ao iogurte, bebidas e shakes à base de amêndoas ou aveia. As bebidas de café da Emmi também ganharam uma versão vegana: o Emmi Caffè Drink Almond Macchiato.
Epigamia
A empresa indiana Epigamia, fundada em 2015, possui mais de 20 SKUs, incluindo iogurtes, smoothies, pastas à base de ghee, coalhada e sobremesas tradicionais bengalesas, como o mishti doi.
Em junho de 2020, a empresa entrou no mercado vegetal com o lançamento de iogurtes de leite de coco, que, na época, o cofundador e CEO Rohan Mirchandani declarou serem os primeiros do tipo na Índia. Eles são vendidos diretamente ao consumidor pela plataforma da Epigamia.
“O lançamento dessa linha é parte central da visão da Epigamia de modernizar a indústria de laticínios da Índia”, disse Mirchandani ao portal just-food. “A linha vegetal também representa um grande passo nos objetivos de longo prazo da Epigamia de promover uma vida sustentável e um ambiente mais limpo.”
Entre os investidores da Epigamia está a Danone.
Sodiaal
A gigante francesa dos laticínios fez sua estreia no segmento vegetal por meio de sua marca principal de leite, a Candia.
Em junho de 2020, a Candia – uma das marcas de leite mais vendidas da França – lançou duas bebidas vegetais sob a sub-marca Candia Végétal.
As variedades – Amêndoa Praliné e Avelã Torrada – foram desenvolvidas para atender à demanda dos consumidores franceses por “mais sabor e variedade nas opções disponíveis no café da manhã”, disse a empresa.
“Eles se recusam a abrir mão do prazer e da nutrição.”
As bebidas são vendidas em garrafas de 50cl, descritas como “práticas” e “fáceis de levar para qualquer lugar”.
A Sodiaal sugeriu um preço de EUR 1,29 (US$ 1,45 na época).
Bega Cheese
O grupo australiano de laticínios lançou seu primeiro queijo vegetal em março de 2023.
“O lançamento do queijo vegetal da Bega é uma evolução importante para garantir que o Grupo Bega esteja bem posicionado para aproveitar o crescimento do segmento de produtos à base de plantas”, disse Matt Gray, gerente geral de marketing da Bega Foods.
A Bega Cheese, fabricante do famoso Vegemite, tornou-se parceira em um empreendimento de bebidas alternativas ao leite junto com a Vitasoy International Holdings em 2021, como parte da aquisição da Lion Dairy & Drinks.
No entanto, em janeiro de 2023, a Bega concordou em vender sua participação no empreendimento para a Vitasoy.
Norco
No início de 2023, a cooperativa australiana começou a vender bebidas à base de ervilha e aveia nas lojas Woolworths em Queensland, Victoria e Nova Gales do Sul, estado de origem da empresa.
A Norco afirmou que seu P2 Pea Protein Mylk e seu Oat Mylk oferecem aos consumidores australianos a oportunidade de utilizar uma alternativa ao leite “sem precisar comprometer a nutrição ou o sabor”.
Brownes Dairy
Ainda na Austrália, a Brownes Dairy é outro grande nome do setor lácteo do país que se aventurou nas alternativas vegetais.
No início deste ano, a empresa, sediada na Austrália Ocidental, lançou uma linha de alternativas vegetais ao leite.
O grupo lançou três produtos: bebidas à base de amêndoa, aveia e leite.
Savencia Fromage & Dairy
A Savencia é outra gigante do setor lácteo, sediada na França, que demonstra interesse por alternativas vegetais.
Sob duas de suas marcas de queijos mais conhecidas, a empresa comercializa substitutos vegetais na França e na Alemanha.
Em 2020, a Savencia lançou um creme vegetal à base de amêndoas na França, sob a marca Tartare.
Um ano depois, a empresa lançou um produto semelhante sob a marca Bresso, na Alemanha.
O ano de 2021 também marcou o lançamento da linha Vivre Vert, com produtos vegetais que incluem bebidas, sobremesas e molhos para culinária.
A atuação do grupo no mercado vegetal também envolve aquisições. Em outubro de 2021, a Savencia adquiriu a Hope Foods, fornecedora norte-americana de pastas e cremes vegetais.
Yili
Em julho de 2020, a gigante chinesa dos laticínios Yili, ou Inner Mongolia Yili Industrial Group, em seu nome completo, foi anunciada como parceira corporativa no lançamento de um novo fundo de investimento e aceleradora voltada para startups de produtos vegetais na China.
O Lever China Alternative Protein Fund, lançado pelo investidor Lever VC e pela operadora de aceleradoras Brinc, planejava investir CNY 40 milhões (US$ 5,7 milhões na época) nos quatro anos seguintes, em empreendedores e empresas em estágio inicial com foco no mercado chinês continental.
Keytone Dairy
A empresa de laticínios com ações listadas na Nova Zelândia lançou uma linha de shakes de proteína vegana na Austrália em 2020, alegando ser a primeira do mercado.
A Keytone afirmou que a linha Tonik Plant era “o primeiro shake de proteína vegana/pronto para beber no mercado australiano”.
Seis versões com sabores foram desenvolvidas e fabricadas na unidade de envase de bebidas prontas para consumo da Keytone Dairy, em Melbourne.
A empresa declarou que lançou a Tonik Plant “em resposta à crescente demanda por produtos saudáveis de origem vegetal e, em particular, para aproveitar algumas das principais tendências globais de alimentação, como alimentos à base de plantas, lanches mais saudáveis e alimentos funcionais sob demanda”.