s enchentes, concentradas nas regiões central e Sul, causaram sérios danos à bovinocultura de carne e leite, segundo divulgado pelo Radar Agro, do Itaú BBA, em 8 de maio.
As enchentes destacam a vulnerabilidade da infraestrutura e da produção agropecuária do Estado frente a eventos climáticos extremos
As enchentes destacam a vulnerabilidade da infraestrutura e da produção agropecuária do Estado frente a eventos climáticos extremos.

O Rio Grande do Sul foi duramente afetado por chuvas intensas entre o final de abril e início de maio, resultado possivelmente ligado a um El Niño enfraquecido e um Oceano Atlântico mais aquecido.

As enchentes, concentradas nas regiões central e Sul, causaram sérios danos à bovinocultura de carne e leite, segundo divulgado pelo Radar Agro, do Itaú BBA, em 8 de maio.

De acordo com o estudo, o Rio Grande do Sul, responsável por 5% da produção nacional de carne bovina, enfrentará desafios significativos devido às enchentes. Com a infraestrutura logística prejudicada, o transporte de gado para abate e a distribuição de carne foram severamente impactados.

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Embora o ciclo pecuário brasileiro atual esteja em modo de descarte de fêmeas, garantindo uma grande disponibilidade de gado, as dificuldades logísticas podem levar a uma redução temporária na oferta de carne bovina. No entanto, o Radar Agro espera que outros estados produtores compensem essa redução, limitando o impacto nacional.

O Rio Grande do Sul é o quarto maior produtor de leite do Brasil, com mais de 3 bilhões de litros captados em 2023. A coleta de leite, que depende de uma logística eficiente e energia elétrica para resfriamento, foi severamente afetada pela interrupção de estradas e falta de energia. Muitos produtores enfrentaram dificuldades para manter a produção e o armazenamento, resultando em perdas significativas.

As pastagens comprometidas e a perda de animais também contribuirão para uma redução na produção de leite do Estado. Esse cenário pode forçar a saída de mais produtores da atividade, segundo o boletim, agravando uma tendência já observada nos últimos anos. No entanto, devido à distribuição da produção em outras regiões do Brasil, o impacto em nível nacional tende a ser menor.

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Logística e recuperação

A infraestrutura logística do Estado foi gravemente afetada, com estradas bloqueadas, pontes destruídas e dificuldades no transporte de produtos agrícolas e pecuários. As BRs 116, 386 e 290 foram particularmente impactadas, assim como diversas estradas estaduais e municipais.

As enchentes destacam a vulnerabilidade da infraestrutura e da produção agropecuária do Estado frente a eventos climáticos extremos, ressaltando a necessidade de medidas de mitigação e adaptação para garantir a resiliência do setor.

 

 

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A partir de segunda-feira, 18 de novembro, agricultores se mobilizam contra o acordo de livre-comércio entre a Europa e cinco países da América Latina, rejeitado pela França. François-Xavier Huard, CEO da Federação Nacional da Indústria de Laticínios (FNIL), explica a Capital as razões pelas quais o projeto enfrenta obstáculos.

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