Doença degenerativa, crônica e fatal afeta o Sistema Nervoso Central de bovinos e bubalinos e é transmissível ao homem
O governo brasileiro confirmou neste sábado (4) a ocorrência de dois casos atípicos de “mal da vaca louca” em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG).
A doença é considerada atípica quando é originada no próprio organismo do bovino, normalmente em animais com idade mais avançada. As amostras dos animais foram enviadas a um laboratório da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, em inglês), no Canadá, para análise detalhada.
A Encefalopatia Espongiforme Bovina, nome oficial do “mal da vaca louca”, é uma enfermidade degenerativa, crônica e fatal que afeta o Sistema Nervoso Central de bovinos e bubalinos.
A doença, que não tem cura nem tratamento, provoca alteração comportamental e pode ser confundida com outras doenças que afetam o Sistema Nervoso Central dos animais, como raiva, intoxicações, Babesiose, entre outras.
Entre os principais sintomas da vaca louca estão:
É transmissível ao homem, causando uma doença semelhante, a nova variante da Doença de Creutzfeldt-Jakob (vDCJ).
Acredita-se que a doença tenha surgido em meados dos anos 1980, quando houve um surto no Reino Unido, apesar de não haver uma comprovação científica de sua origem.
No fim dos anos 1990, alguns países da Europa enfrentaram um surto de casos de vaca louca por causa do consumo, por outros animais, de ração processada de bovinos afetados pela doença.
Na mesma época, foram registrados os primeiros casos da vDCJ e o primeiro caso no mundo de provável transmissão sanguínea da variante foi confirmado pelo Reino Unido e teve como causa a transfusão de sangue por um doador infectado que não apresentava sintomas.
Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, nenhum caso da variante de Creutzfeldt-Jakob foi confirmado no Brasil. O agravo já foi registrado em países como Reino Unido, França, Irlanda, Itália, Canadá e Estados Unidos.
É provocada pela forma infectante de uma proteína (príon) presente nos restos mortais de bovinos e bubalinos que manifestaram a doença.
O consumo de alimentos contaminados pelo príon é a principal via de transmissão. Animais sadios podem contrair a doença pela ingestão de alimentos que contêm farinhas de ossos, carnes e carcaças de animais infectados.
Por isso, é proibida a alimentação de bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos com produtos de origem animal.
O sistema brasileiro de criação de bovinos, principalmente para engorda, é quase que inteiramente a pasto e a suplementação alimentar usada é à base de proteína vegetal, como soja, milho e caroço de algodão.
Desde o aparecimento da doença na Europa, o serviço oficial de defesa sanitária animal do Brasil adotou medidas para evitar a introdução da doença no país, como a proibição de importação de animais e seus produtos vindos de países com registro da doença.
O país também proibiu, em 1996, o uso de proteína animal na alimentação de ruminantes – exceto leite e derivados.
Além disso, em 2019 o Mapa criou um comitê para revisar as normas para vigilância, controle, erradicação, certificação e emergência sanitária do mal da vaca louca.
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