A lista de exportadores de carne, carne bovina e laticínios de 2021 inclui mais de 25 empresas, que relataram um recorde de US$ 427,4 milhões, um aumento de mais de 50% em relação a 2020.
Carne e miudezas
2021 foi um ano recorde para as exportações de carne bovina, com 56.790 toneladas de carne e miudezas comercializadas até o final de dezembro, 66,4% mais que as 34.124 toneladas comercializadas em 2020, e 173,4% mais que as 20.774 toneladas comercializadas em 2019.
Em termos de valor FOB, as remessas representaram vendas de US$247,7 milhões, 100,9% a mais que os US$123,3 milhões do ano anterior, e 225,1% a mais que os US$76,2 milhões obtidos em 2019, confirmando o potencial do setor pecuário como exportador.
A fábrica mais destacada nesta área é a Red Cárnica S. A. S., da multinacional Minerva Foods, que conseguiu exportar 51.225 t, seguida pela Alimentos Cárnicos com 3.493 t, e em terceiro lugar a Comercializadora Derivados Cárnicos S. A. S. com 1.283 t.
As demais empresas incluem Global Hides S. A. S. S., Cattlemeat S.A.S., A1A Cargotrans Import & Export S.A.S., Camagüey S.A., Frigorífico del Sinú – Frigosinú S. A., Inversiones Bonanza J Y C e Distrifruver Angello S. A. S. completaram a lista de abatedouros com 7,89 t.
Gado vivo
Ao longo do ano, o carregamento de 247.171 bovinos foi alcançado, 16.936 a menos que os 264.107 em 2020, representando 6,4% a menos. Mas ultrapassou o que foi alcançado em 2019, 227,9% mais do que os 75.370 exportados há dois anos.
Há apenas quatro empresas nesta categoria, mas há também uma que domina: a Expoganados Internacional S.A.S., que conseguiu comercializar 142.571 espécimes em 2021 (58%).
Os outros foram Inversiones Bonanza J Y C Sociedad Anónima Simplificada O IB com 56.574 animais o que corresponde a 23%, C. I. Gold Land S.A.S. com 40.032 bovinos (16%) e finalmente Frontera Vacana S.A.S. que embarcou 7.994 bovinos (3%).
Produtos lácteos
As exportações de produtos lácteos alcançaram o volume de 7.296 t, o maior desde 2013, por um valor FOB de US$ 28,1 milhões, também o maior valor desde aquele ano, quando foram registradas receitas de mais de US$ 35 milhões.
Em comparação com os dados de 2020, este volume é 59% maior que os 4.602 t daquele ano, e 70% maior que a receita de US$ 16,5 milhões.
Nenhuma empresa tem uma participação majoritária aqui, pois a primeira a se destacar é a Cooperativa Colanta com 2.552 t, correspondente a 35% do volume total, enquanto a Lactalis Colombia LTDA segue não muito atrás com 1.659 t (22,7%).
O terceiro é Parmalat Colombia LTDA com 940 t (12,9%), seguido por Alpina S. A. com 686 t (9,4%), Bufalabella S. A. S. com 396 t (5,4%), Trading Group International S. A. S. com 268 t (3,7%), JaJa Alimentos S. A. S. com 194 t (2,7%).
Em oitavo lugar está Nestlé de Colombia S. A. com 181 t (2,5%), seguido por Productos La Carreta LTDA com 75 t (1%) e Asesores Aduaneros & Logística Internacional S. A. S. com 56 t (0,8%). Outras empresas enviaram 288 t (3,9%), mas não são detalhadas.
Estes números são também o resultado da recuperação do status de país livre de febre aftosa, o que foi alcançado graças ao trabalho conjunto do governo e da Federação Colombiana de Criadores de Gado (Fedegán), administrada pelo Fundo Nacional de Pecuária (FNG).
Desde que este objetivo foi alcançado em fevereiro de 2020, onze anos depois de tê-lo obtido pela primeira vez e após perdê-lo devido a surtos de febre aftosa em 2017 e 2018, o comércio externo de produtos animais tem crescido de forma constante.
Graças a isto e aos esforços diplomáticos do Governo, Fedegán, Fundo de Estabilização de Preços (FEP) e empresas privadas, a Colômbia conseguiu conquistar numerosos mercados, como a Arábia Saudita para gado vivo e Israel para laticínios, ambos nos últimos meses.
De acordo com o Plano Pecuário Colombiano – Roadmap 2018-2022, a meta proposta no início do quadriênio é obter US$ 500 milhões em exportações até 2022, o que os próprios analistas e criadores de gado acreditam que será alcançado se o ritmo de crescimento for mantido este ano.
“A Colômbia, com sua dinâmica de exportação e seu status de país livre da febre aftosa, continua a se posicionar; mais mercados se abrirão e os atuais certamente pedirão mais”. A isto se acrescenta a operação do sistema de rastreabilidade e identificação animal, que abrirá mercados de maior valor”, explicou Óscar Cubillos, chefe do Escritório de Planejamento e Estudos Econômicos da Fedegán-FNG.