“Nos mais de 20 anos que fixamos residência aqui, enfrentamos três fortes estiagens. Essa, sem dúvida, é a que mais vem causando perdas nas nossas duas principais atividades e fontes de renda, que são o tabaco e o leite. As estiagens de 2005 e 2011 foram mais amenas”, afirma Ivete Kappaun, moradora de Linha Arroio Grande, ao avaliar os prejuízos provocados com a estiagem, desde o dia 4 de dezembro de 2019.

Ivete e o marido João contam, atualmente, com um total de 16 vacas em lactação que, em época de clima normal, produzem mais de 400 litros por dia. Hoje, há uma redução de três a quatro litros por vaca, ao dia. A situação tende a piorar se a chuva não normalizar, pois tanto as pastagens perenes quanto as de verão secaram completamente por causa da falta de umidade. Se chover logo, as pastagens rebrotam e elas são um complemento alimentar do plantel leiteiro, cujo trato principal é a silagem de milho e ração.