ESPMEXENGBRAIND
2 ago 2025
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A linha de queijos Camponesa amplia investimentos e contratações em Minas, movimentando a cadeia leiteira e fortalecendo atuação nacional.
Camponesa. A unidade já recebeu modernizações internas, com a aquisição de novos equipamentos, visando eficiência e ganho de escala.
A unidade já recebeu modernizações internas, com a aquisição de novos equipamentos, visando eficiência e ganho de escala.

Linha de queijos Camponesa chega ao mercado com sete novos produtos, e esse lançamento impulsiona a expansão da unidade de Lagoa da Prata, em Minas Gerais, com contratações e investimentos estratégicos.

A empresa reforça sua cadeia produtiva e busca ampliar sua presença em todo o país.

Com a nova linha de queijos Camponesa, o Grupo Alvoar Lácteos fortalece sua posição no setor de derivados.

O lançamento dos sete itens — muçarela fatiada (de 150 g a 1 kg), queijo prato fatiado (150 g), cream cheese (150 g), creme de ricota (150 g), parmesão ralado (50 g), queijo minas padrão (500 g) e meia cura (500 g) — exige ampliação da capacidade produtiva da fábrica de Lagoa da Prata, no Centro‑Oeste mineiro, sem a construção de uma nova planta, conforme a diretora de marketing, Cynthia Seretti.

Para acomodar a nova operação, a Camponesa intensificou os turnos de produção em cerca de 400%, além de contratar profissionais qualificados com foco na fabricação de queijos.

A unidade já recebeu modernizações internas, com a aquisição de novos equipamentos, visando eficiência e ganho de escala.

A iniciativa também gerou impacto na cadeia leiteira regional: houve aumento significativo na demanda por matéria‑prima junto a fornecedores locais, com a realocação estratégica do leite captado para garantir volume e qualidade do produto final.

Conforme os dados da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (ABIQ), a produção de queijos no Brasil cresceu cerca de 6 % em volume em 2024, alcançando 1,46 milhão de toneladas.

O consumo per capita ainda é modesto — cerca de 7 kg por ano — mas vem crescendo a uma taxa anual de 3 %.

Esse cenário nacional de alta demanda torna estratégica a atuação da Camponesa no segmento.

O Brasil destaca‑se também no panorama global do setor: o mercado mundial de queijos deve chegar a US$ 105,9 bilhões até 2026, com destaque para regiões como Ásia‑Pacífico, onde cresce o consumo entre jovens e pela influência da alimentação ocidental.

Na fábrica de Lagoa da Prata, o volume de leite industrializado da região já vinha crescendo: dados do IBGE indicam que a compra de leite subiu 4,6 % no 4º trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, chegando a 6,79 bilhões de litros.

A atuação da Camponesa favorece produtores da região e soma força à cadeia produtiva mineira.

O que muda com os novos produtos

  • O portfólio da Camponesa ganha diversidade com produtos fatiados e queijos frescos, alinhando-se às tendências de conveniência e snack.
  • A expansão interna da fábrica, com novos maquinários, moderniza a operação e permite melhores margens e controle de qualidade.
  • A cadeia local de fornecedores é beneficiada com o aumento da coleta de leite e fortalecimento de parcerias regionais.

 

A estratégia acompanha a tendência de setores lácteos de investimento em produtos de maior valor agregado, especialmente queijos, diante da estagnação do consumo de leite fluido e margens apertadas nesse segmento.

Especialistas do setor apontam que a modernização e diversificação, com foco em eficiência, inovação e expansão da oferta, são caminhos fundamentais para laticínios que querem crescer de forma sustentável no Brasil.

Com um portfólio mais robusto e presença ampliada em Minas e no Nordeste — onde já lidera em leite em pó — a Camponesa se posiciona para reforçar sua participação no mercado nacional de queijos, aproveitando o momento de crescimento do setor, tanto local quanto internacional.

 

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Diário do Comércio Portal Embrapa

 

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