ESPMEXENGBRAIND
17 dez 2025
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Com exportações lácteas em alta, carnes, lã e hortifrúti puxam novo recorde do agro neozelandês 🌱
Exportações lácteas sustentam 83% das vendas externas da NZ 📊
Exportações lácteas sustentam 83% das vendas externas da NZ 📊

As exportações lácteas da Nova Zelândia voltam ao centro das atenções em um cenário de forte expansão do setor primário.

O país projeta que as vendas externas de alimentos e fibras alcancem um recorde histórico de US$ 62 bilhões em 2026, consolidando o agronegócio como pilar absoluto da economia nacional. O avanço representa um aumento de US$ 1,6 bilhão em relação ao recorde anterior, estimado em US$ 60,4 bilhões.

As projeções constam no mais recente relatório oficial de Situação e Perspectivas para as Indústrias Primárias, divulgado pelo governo neozelandês. O documento aponta um desempenho sólido e relativamente equilibrado entre os principais segmentos do agro, mesmo diante de um ambiente econômico global marcado por volatilidade, ajustes de mercado e pressões inflacionárias em diversas regiões importadoras.

No detalhamento setorial, carnes e lã lideram o crescimento, com alta estimada de 7% na receita de exportação, impulsionadas pela recuperação da demanda internacional e por preços mais firmes em mercados estratégicos. O setor de hortifrúti aparece na sequência, com avanço projetado de 5%, enquanto o segmento florestal deve crescer cerca de 2%. As exportações lácteas, por sua vez, apresentam um aumento mais moderado, de 1%, refletindo ajustes de mercado e uma base já elevada de exportações.

Apesar do crescimento contido, o setor de lácteos mantém sua posição como um dos pilares estruturais da economia agroexportadora da Nova Zelândia. Analistas do governo destacam que a menor taxa de expansão não indica perda de relevância, mas sim um momento de acomodação após ciclos de forte valorização e reconfiguração dos fluxos globais de comércio de lácteos.

O ministro da Agricultura e Florestas, Todd McClay, avaliou que os números confirmam uma virada positiva na trajetória econômica do país. Segundo ele, a demanda internacional segue firme por alimentos reconhecidos pela qualidade, segurança e sustentabilidade. Da carne ovina à lã, passando por frutas premium como kiwi e cerejas, a Nova Zelândia continua capitalizando sua reputação como fornecedora confiável de produtos de alto valor agregado.

No caso das exportações lácteas, o relatório ressalta que a resiliência do setor está ligada tanto à eficiência produtiva quanto à capacidade de adaptação tecnológica. Mesmo em um contexto de crescimento mais lento, a indústria segue estratégica para o equilíbrio da balança comercial e para o posicionamento do país nos principais mercados consumidores de lácteos do mundo.

Outro dado que reforça a centralidade do agro é o peso do setor no comércio exterior. As exportações de alimentos e fibras representam aproximadamente 83% de todas as exportações de bens da Nova Zelândia, um percentual que evidencia a dependência econômica do país em relação ao desempenho do campo e da indústria de base agropecuária.

Para sustentar esse crescimento, o governo tem apostado em uma agenda de apoio ao setor produtivo. Entre as iniciativas estão reformas regulatórias para reduzir burocracias, investimentos em ferramentas e tecnologias voltadas à mitigação de emissões agrícolas e aportes em infraestrutura de saúde rural. O objetivo declarado é ampliar a rentabilidade dos produtores sem comprometer os atributos ambientais que diferenciam os produtos neozelandeses no mercado internacional.

O impacto social do desempenho do agro também é significativo. Estima-se que um em cada sete neozelandeses esteja direta ou indiretamente empregado no setor de alimentos e fibras. Assim, o fortalecimento das exportações tem reflexos diretos sobre o emprego, a renda e a vitalidade das comunidades rurais, além de contribuir para o ingresso de divisas e a estabilidade macroeconômica.

Para analistas internacionais do mercado de lácteos, o avanço — ainda que moderado — das exportações lácteas reforça a imagem da Nova Zelândia como um fornecedor consistente e previsível. Em um cenário global cada vez mais sensível a riscos climáticos, geopolíticos e logísticos, a capacidade do país de manter volumes, qualidade e regularidade segue sendo um diferencial competitivo relevante.

*Escrito para o eDairyNews, com informações de EDairy News English

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