Este aumento nas exportações argentinas tem um impacto direto no mercado lácteo brasileiro, influenciando tanto o processamento quanto o consumo de lácteos no país.
Para a indústria, a entrada de produtos argentinos pode representar tanto uma oportunidade quanto um desafio.
Para a indústria, a entrada de produtos argentinos pode representar tanto uma oportunidade quanto um desafio.

As exportações de produtos lácteos da Argentina aumentaram 13% no primeiro semestre de 2024, representando 28,3% da produção total do país, segundo o Observatório para a Cadeia Láctea Argentina (OCLA).

Esse crescimento é significativo em comparação com o mesmo período de 2023, quando as exportações representaram 21,9% da produção total.

Em junho de 2024, as exportações totalizaram 24.220 toneladas, alcançando US$ 90,8 milhões. Embora tenham caído 6,6% em volume e 6,7% em valor comparado ao mês anterior, houve um aumento de 6,0% em volume e 0,1% em valor em relação ao ano anterior.

Em litros de leite equivalentes, o crescimento foi de 7,9%.

Entre janeiro e junho de 2024, a distribuição das exportações foi:

  • 41,0% para leite em pó
  • 31,5% para queijos
  • 18,0% para outros produtos (doce de leite, manteiga, óleo butírico, soro, etc.)
  • 9,5% para produtos confidenciais (lactose, caseína, iogurtes, etc.)

Preços de Exportação

As informações do South Dairy Trade indicam que o preço médio de exportação por tonelada de produtos lácteos no primeiro semestre de 2024 foi de US$ 3.626, representando uma queda de 8,5% em relação ao ano anterior.

Especificamente para o leite em pó, o preço médio foi de US$ 3.494/ton., uma redução de 9,7% comparado ao valor do ano anterior.

Esses dados consistentes corroboram a informação sobre a competitividade e a tendência de queda nos preços dos lácteos exportados pela Argentina.

Este aumento nas exportações argentinas tem um impacto direto no mercado lácteo brasileiro, influenciando tanto o processamento quanto o consumo de lácteos no Brasil. A oferta de produtos lácteos argentinos a preços competitivos apresenta desafios e oportunidades para os industriais brasileiros, exigindo estratégias de adaptação e inovação contínua para manter a competitividade.

Exportações para o Brasil

O Brasil importou aproximadamente 30% do volume total exportado pela Argentina no primeiro semestre de 2024, o que corresponde a cerca de 7.266 toneladas de produtos lácteos.

Este volume incluiu principalmente leite em pó e queijos, destinados tanto ao consumo direto quanto ao processamento industrial.

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Com a oferta de leite em pó e queijos a preços competitivos, os produtores brasileiros enfrentam um desafio adicional para competir no mercado interno. A pressão por reduzir custos e aumentar a eficiência na produção de leite cru torna-se mais intensa.

Além disso, a disponibilidade de produtos lácteos importados pode afetar a demanda por leite cru nacional, levando os produtores a buscar alternativas para se manterem competitivos, como a adoção de tecnologias mais avançadas e práticas sustentáveis.

Para a indústria, a entrada de produtos argentinos pode representar tanto uma oportunidade quanto um desafio.

Por um lado, os processadores podem se beneficiar da aquisição de leite em pó e queijos a preços mais baixos, reduzindo os custos de produção e potencialmente oferecendo produtos mais acessíveis aos consumidores finais. Por outro lado, a concorrência com produtos importados de alta qualidade pode exige um investimento contínuo em inovação e melhoria dos processos produtivos para manter a competitividade.

 

Do ponto de vista dos consumidores brasileiros, a importação de produtos lácteos argentinos pode ter um impacto positivo. A oferta diversificada de produtos lácteos importados, como queijos e leite em pó, pode aumentar a variedade disponível no mercado, proporcionando mais opções de escolha e potencialmente a preços mais acessíveis. No entanto, a dependência crescente de importações pode trazer preocupações em termos de segurança alimentar e sustentabilidade, especialmente em tempos de instabilidade econômica ou mudanças nas políticas comerciais.

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As importações de produtos lácteos argentinos pelo Brasil são regulamentadas tem regulamentos garantem que os produtos importados atendam aos padrões de qualidade e segurança exigidos pelas autoridades brasileiras. A conformidade com essas normas é essencial para assegurar a confiança dos consumidores e a competitividade no mercado.

As exportações de produtos lácteos da Argentina tem um impacto multifacetado no Brasil, afetando desde a produção primária até o processamento e consumo final.

A integração dos mercados sul-americanos traz benefícios e desafios que exigem adaptação contínua e estratégias inovadoras por parte de todos os envolvidos na cadeia produtiva de lácteos.

A colaboração e o intercâmbio de tecnologias entre os países podem ser a chave para fortalecer a indústria láctea regional e garantir a sustentabilidade e competitividade no mercado global.

Empresários do setor lácteo devem considerar esses fatores ao planejar suas estratégias de negócios, buscando sempre a inovação e a eficiência para se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.

 

Valeria Hamann

eDairyNews

 

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Transparent splash swirl milk

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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