Até o momento, em 2024 , o faturamento das exportações de lácteos do Uruguai caiu 9%, refletindo a queda nos preços, de acordo com o Instituto Nacional do Leite (Inale). O Brasil continua a se consolidar como o principal destino e lidera em três das quatro categorias, de acordo com os profissionais que preparam o relatório mensal.
Em nível de produto, o faturamento do leite em pó integral e dos queijos caiu, enquanto o do leite em pó desnatado e da manteiga melhorou.
Em termos de volumes, menos leite em pó integral foi exportado, mas mais nas outras três categorias: leite em pó desnatado, queijo e manteiga.
Em termos de destinos, os principais – nesse caso, nos últimos 12 meses – foram Brasil, Argélia e México.
O faturamento caiu 9%.
O faturamento gerado pelas exportações uruguaias de produtos lácteos caiu 9% nos primeiros sete meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023.
Leia também: O Uruguay é um fornecedor confiável e necessário para o Brasil” diz ministro Mattos
O dado, adverso para o item que em 2023 ocupava o terceiro lugar no ranking dos principais produtos exportados, atrás da carne bovina e da celulose, tem como fonte um novo relatório elaborado por técnicos do Inale, acessado pelo El Observador.
Considerando um conjunto de quatro itens, em janeiro-julho as exportações totalizaram US$ 455,7 milhões, com base em dados da Direção Nacional de Alfândegas (DNA).
Considerando a receita acumulada em 2024 em relação ao mesmo período do ano passado, foram registrados os seguintes dados:
- No leite em pó integral, percebeu-se uma queda de 13% (totalizando US$ 287,7 milhões).
- No leite em pó desnatado, houve um aumento de 14% (US$ 31,2 milhões).
- O queijo teve queda de 2% (US$ 65,2 milhões).
- Na manteiga, houve um aumento de 15% (US$ 34,6 milhões).
Se a leitura for feita sobre o volume colocado, em janeiro-julho foram exportadas 112.852 toneladas e, em comparação com o mesmo período de 2023, foram apreciados os seguintes registros:
- Queda de 6% no leite em pó integral (foram embarcadas 82.751 toneladas).
- Um aumento de 42% no leite em pó desnatado (10.434 toneladas).
- Aumento de 4% para o queijo (13.246 toneladas).
- Aumento de 14% para a manteiga (6.421 toneladas).
EDAIRY MARKET | O Marketplace que Revolucionou o Comércio Lácteo
O leite em pó integral continua sendo, de longe, o produto mais exportado em termos de volume (73,3% do total de embarques) e de receita (63,1% do total obtido).
Com relação aos preços médios alcançados, com base na comparação do acumulado de janeiro a julho de cada ano, houve queda de 8% no leite em pó integral, queda de 20% no leite em pó desnatado, queda de 6% no queijo e aumento de 1% na manteiga.
Preços do leite em pó, manteiga e queijo
Finalmente, considerando o mais recente, ou seja, apenas o que aconteceu com os negócios correspondentes a julho deste ano, os preços médios foram:
- US$ 3.558 por tonelada de leite em pó integral.
- US$ 3.000 por tonelada de leite em pó desnatado
- US$ 5.126 por tonelada de queijos
- US$ 5.980 por tonelada de manteiga.
Um fato animador é que, se compararmos o preço recebido em julho de 2024 com o de dezembro de 2023, houve aumentos no leite em pó integral, no queijo e na manteiga (8%, 3% e 31%, respectivamente), enquanto o leite em pó desnatado caiu 5%.
Brasil, o principal destino em termos de colocações
O Brasil continua consolidando sua posição como o principal destino das exportações de lácteos do Uruguai, de acordo com um relatório atualizado pelo Instituto Nacional do Leite (INALE).
Considerando os últimos 12 meses (ano móvel), os principais destinos foram o Brasil (40%) e a Argélia (22%), com participações menores do México, Chile, Venezuela e outros destinos fornecidos.
Considerando os quatro itens considerados, o Brasil foi o principal destino de três deles: leite em pó integral (43% do total de embarques), leite em pó desnatado (72%) e queijo (32%); a Arábia Saudita foi o destino com maior demanda por manteiga (15%).
Autores do relatório da Inale: Engenheira Agrônoma Ana Pedemonte; Engenheira Agrônoma Mercedes Baraibar; Engenheiro Agrônomo Jorge Artagaveytia; e Engenheira Agrônoma Natalia Di Candia.
