ESPMEXENGBRAIND
5 ago 2025
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Exportações de lácteos do Uruguai cresceram 9% em valor no 1º semestre de 2025, impulsionadas por melhores preços internacionais e foco em produtos premium.
Alta no valor reflete aumento de preços internacionais e foco em produtos premium. Exportacoes
Alta no valor reflete aumento de preços internacionais e foco em produtos premium.

As exportações de lácteos do Uruguai registraram um crescimento de 9% em valor no primeiro semestre de 2025, segundo dados divulgados pela consultoria Blasina y Asociados com base em informações das Aduanas.

Este resultado reflete uma recuperação do mercado internacional de lácteos e destaca a importância crescente dos produtos com maior valor agregado.

Leite em pó puxa alta no valor exportado

O principal responsável por esse avanço foi o leite em pó, que segue como carro-chefe nas exportações uruguaias. Com demanda aquecida especialmente em mercados estratégicos como China e Brasil, o produto respondeu por uma fatia significativa da receita total gerada pelo setor.

Apesar da volatilidade que caracteriza esses dois mercados, o desempenho do leite em pó confirma sua relevância para a balança comercial do setor lácteo.

Queijos ganham protagonismo e agregam valor

Os queijos aparecem em segundo lugar como destaque na pauta exportadora. A diversidade de tipos, formatos e usos permite aos exportadores maior estabilidade frente às oscilações do mercado de commodities.

Esse comportamento mais resiliente dos queijos favorece margens mais atrativas e consolida o produto como uma alternativa estratégica para diversificação.

Crescimento em valor, mas não em volume

Apesar dos bons resultados em valor, nem todos os indicadores são positivos. Alguns segmentos, como os produtos classificados como “confidenciais” — entre eles, lactose e caseína —, além de outros derivados, registraram queda em volume.

Isso demonstra que o avanço não foi uniforme e levanta a necessidade de ajustes estratégicos para garantir competitividade em toda a gama de produtos.

Exportações mês a mês: 2025 supera 2024 em início de ano

De acordo com o gráfico elaborado pela ByA com base em dados aduaneiros, as exportações de lácteos uruguaios em 2025 iniciaram o ano com desempenho superior a 2024.

Em janeiro, os embarques somaram cerca de US$ 78 milhões, acima do mesmo mês do ano anterior.

Embora fevereiro tenha mostrado leve queda, os meses seguintes mantiveram uma trajetória de recuperação, com destaque para junho, quando as exportações superaram novamente os US$ 70 milhões.

Essa recuperação parcial mostra que, além da valorização dos preços, houve esforços para manter ou aumentar o volume exportado de produtos-chave.

Ainda assim, o desempenho anual dependerá do comportamento dos mercados internacionais no segundo semestre.

Abertura de mercados e eficiência são essenciais

Especialistas consultados reforçam que, para manter a trajetória positiva, a indústria láctea uruguaia precisa continuar investindo em eficiência produtiva e na diversificação da oferta.

A abertura de novos mercados e a consolidação de parcerias comerciais com países como México, Argélia e países do Sudeste Asiático podem ser determinantes.

Além disso, o acompanhamento contínuo das tendências de consumo global — como a preferência por produtos com origem rastreável, naturais e com propriedades funcionais — poderá orientar o desenvolvimento de produtos de maior valor agregado e abrir novas frentes comerciais.

Perspectivas para o segundo semestre

Com o segundo semestre em andamento, as expectativas giram em torno da manutenção da demanda nos principais destinos.

Brasil, que continua sendo um dos maiores importadores de leite em pó uruguaio, pode enfrentar oscilações em função da produção interna e do câmbio.

Já a China, apesar de ter reduzido parte de suas compras em anos anteriores, segue como um mercado estratégico.

O desafio, portanto, será aproveitar as janelas de oportunidade mantendo competitividade e qualidade. Para isso, o papel dos acordos comerciais e das certificações sanitárias será cada vez mais relevante.

*Adaptado para eDairyNews BR, com informações de eDairyNews ES

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