Nos tempos atuais, apostar na honestidade das pessoas pode parecer um mau negócio, mas o potiguar Marinho de Sousa pensa diferente.
Divulgação

Com atuação na produção de laticínios, seus queijos estão à venda na Central de Comercialização da Agricultura Familiar (Cecafes) através de um modelo de autoatendimento, sem a necessidade da conferência do pagamento pelo produto adquirido. “Só precisa anotar em um caderno o que levou”, afirma o empreendedor, relatando experiências positivas com o modelo.

Com o foco na atividade rural, Marinho estruturou seu negócio até se tornar a primeira queijaria artesanal legalizada do Nordeste e Norte do Brasil. “Eu faço queijo com leite cru, o que é muito especial no Brasil, e também faço outros tipos de queijos. O meu negócio tem impacto social e já participei de muitas rodadas de negócios, até já virei consultor. Eu ensino a vender leite de forma diferente, com valor agregado’, celebra o queijeiro com muito orgulho.

Mais do que valor agregado, o trabalho de Marinho aposta na confiança. A ideia surgiu por necessidade, pois não havia recursos para pagar funcionários, mas se transformou num modelo de autoatendimento. “O cliente escolhe o produto e deposita o valor referente em uma urna ou faz uma transferência bancária”, explica o produtor, que vem de uma família com atuação no setor em três gerações.

História

Em sua propriedade, a Fazenda Caju, no distrito de Gravatá, em Ceará-Mirim – na Região Metropolitana de Natal, ele começou a cuidar de três vaquinhas da raça Gir Leiteiro como hobby. Elas são conhecidas pela longevidade produtiva e reprodutiva e, principalmente, pela boa produção de leite.

No final de 2017, Marinho conheceu um criador da raça Gir Leiteiro na Paraíba e seguiu o impulso de comprar mais vacas para ampliar seu rebanho. O tal pecuarista só vendia sessenta animais por vez e o comerciante Marinho decidiu apostar na compra, o que considerou por muito tempo uma loucura – mas muitos chamariam de epifania.

Além de não ter dinheiro para as sessenta cabeças de vaca, sua propriedade é pequena para tantos animais e ele precisou vender parte deles. Na tentativa do equilíbrio, Marinho fez um leilão virtual e vendeu parte do rebanho. Em seguida, precisou arregaçar as mangas para estruturar a Caju para as novas hóspedes. “Chegou esse gado aqui, não tinha comida, não tinha coxo, não tinha espaço, não tinha capim, não tinha água… E foi uma loucura, como se eu tivesse parido seis filhos de uma barriga só e tivesse preparado só pra ter um!”, relembra o comerciante.

A história de Marinho e seus queijos faz parte da websérie ‘E se fosse no Brasil?’, realizada pelo Razões para Acreditar e a Stone, empresa de tecnologia de serviços financeiros que tem como missão ser o principal parceiro do pequeno e médio empreendedor brasileiro.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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