ESPMEXENGBRAIND
26 abr 2025
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Obra retrata a técnica que envolve a produção do Queijo Minas Artesanal (QMA).
Artistas mineiros Augusta Barna e Maurício Tizumba são neta e avô no filme e vivem na centenária Fazenda Tradição | Crédito: Divulgação Produtora EncantaQueVoa

A técnica que envolve a produção do Queijo Minas Artesanal (QMA) é o tema do filme “O Melhor Queijo do Mundo”, que já iniciou as filmagens e estreia nas salas de cinema ainda em 2025.

Essa tradição secular, de profunda integração com a cultura e com a história de Minas Gerais, foi reconhecida pela Unesco, em dezembro de 2024, como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

O feito é inédito no Brasil, já que é a primeira vez que um produto da cultura alimentar brasileira conquista o título.

“O Melhor Queijo do Mundo” é uma realização das produtoras mineiras EncantaQueVoa e Núcleo de Criatividade e Inovação para Histórias Originais junto a Agência Objetiva.

Do gênero de comédia para toda família, o longa reflete sobre tradição e modernidade. No elenco, Maurício Tizumba e Augusta Barna, artistas mineiros de diferentes gerações, interpretam Zé Altino e Vitória, avô e neta.

Zé Altino, além de um produtor de queijo minas artesanal, é o guardião da centenária Fazenda Tradição, que corre o risco de ser vendida, após a chegada de uma moderna indústria estrangeira.

Sua neta Vitória descobre uma oportunidade de ouro para salvar a fazenda da família: um reality show intitulado “O Melhor Queijo do Mundo”.

Juntos, eles embarcam em uma grande aventura gastronômica que vai muito além do queijo. A cada etapa da competição, outros sabores autênticos de Minas Gerais, como goiabada e doce de leite, conquistam paladares e corações.

Assim, “O Melhor Queijo do Mundo” celebra tradições, ao mesmo tempo em que conta uma história universal de sonhos, superação e família.

A narrativa combina o rústico com o moderno, o local com o global, de uma forma leve e divertida. Reflete sobre os choques entre os saberes ancestrais e a modernidade, destacando trocas entre gerações e entre outras culturas.

Além disso, o filme aborda questões como agricultura sustentável, estruturas de trabalho e consumo responsável.

Através da jornada de Zé Altino e sua neta Vitória, o filme não apenas entretém, mas promete inspirar o público a refletir sobre o futuro. Segundo os realizadores, é uma celebração da cultura mineira.

Diretor morou na região do Serro

A criação e direção de “O Melhor Queijo do Mundo” é de Lucas Assunção e a produção ficou a cargo de Débora Campos.

Lucas Assunção é mineiro de Belo Horizonte e morou alguns anos na região do Serro, onde começou a trabalhar no projeto.

“Durante esse tempo, tive a oportunidade de filmar duas edições virtuais da Festa do Queijo, entrevistando produtores, gestores, chefs de cozinha, o que foi uma oportunidade de aprender muita coisa sobre toda cadeia produtiva do modo de fazer o Queijo Minas Artesanal.

Assim, ao longo do processo, escrevi primeiro um documentário e aos poucos foi sendo formatada essa história de ficção, uma comédia familiar voltada para as salas de cinema, que por si só já faz a gente pensar numa outra amplitude de alcance do público”, esclarece.

 

Modos de fazer QMA foram reconhecidos como Patrimônio Imaterial da Humanidade em dezembro | Crédito: Divulgação Renata de Paoli
Modos de fazer QMA foram reconhecidos como Patrimônio Imaterial da Humanidade em dezembro | Crédito: Divulgação Renata de Paoli

 

Assunção foi diretor do curta-metragem “Memórias Culinárias do Quilombo Ausente Feliz”, vencedor do prêmio de Melhor Documentário Nacional no 32º Ecocine – Festival Internacional de Cinema Ambiental e de Direitos Humanos, entre outras premiações.

Como assistente de direção, colaborou em filmes como “Narciso” de Jeferson De; “O Auto da Boa Mentira” de José Eduardo Belmonte; “Amor.com” de Anita Barbosa; na série “Santo Maldito” de Gustavo Bonafé, além da gravação do DVD “Geraldo Azevedo, Solo Contigo” com direção de Bernardo Mendonça.

Débora Campos também é belo-horizontina, produtora e articuladora cultural há 25 anos. Participou da organização, gerenciamento e desenvolvimento de diferentes projetos visuais e musicais.

É idealizadora do Festival Sabiá, que destaca o protagonismo de artistas e público com mais de 50 anos de idade. Produziu curtas-metragens como “Memórias Culinárias do Quilombo Ausente Feliz” (2024) e “Rei da Beira” (2023).

“A gente quer que o público saia do cinema querendo duas coisas: Comer queijo e conhecer Minas Gerais”, comenta a produtora.

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