As fórmulas infantis desempenham um papel importante como apoio nutricional para crianças de 1 a 3 anos, especialmente quando o aleitamento materno não é possível.
De acordo com recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e do Ministério da Saúde, a decisão sobre seu uso deve sempre contar com o acompanhamento de um pediatra ou nutricionista, garantindo que cada criança receba o suporte adequado para um desenvolvimento saudável.
Entre os 12 e 36 meses, a alimentação infantil passa por uma fase de transição fundamental, na qual os alimentos sólidos começam a ganhar espaço e as necessidades nutricionais se tornam mais específicas.
Nesse contexto, as fórmulas infantis de primeira infância podem servir como complemento, nunca como substituto indiscriminado de uma dieta equilibrada.
Quando as fórmulas infantis são recomendadas?
Segundo a SBP, essas fórmulas são indicadas principalmente em casos onde o aleitamento materno é inviável ou insuficiente, sempre mediante avaliação individualizada.
Fatores como crescimento, estado nutricional, hábitos alimentares e condições específicas — como alergia à proteína do leite de vaca ou intolerância à lactose — são determinantes nessa escolha.
Nesses casos, podem ser indicadas fórmulas hipoalergênicas, com proteína vegetal ou baixo teor de lactose, mas sempre sob supervisão profissional.
Apoio nutricional na fase de transição
As fórmulas infantis dessa faixa etária costumam ter composição ajustada de macronutrientes — proteínas, carboidratos e gorduras —, fornecendo energia e suporte para o crescimento físico.
Também incluem vitaminas e minerais como ferro (associado ao desenvolvimento cognitivo), cálcio e vitamina D (essenciais para ossos e dentes), e vitamina C (que auxilia na absorção de ferro e na imunidade).
Muitas delas contêm ainda DHA (ômega 3), importante para o desenvolvimento cerebral e visual, além de prebióticos que favorecem o equilíbrio da microbiota intestinal.
Um exemplo é a linha Aptanutri, desenvolvida para crianças de 1 a 3 anos, que combina prebióticos e nutrientes como vitaminas A, D e C, ferro, cálcio, fibras e ácidos graxos essenciais — todos fundamentais nessa etapa.
Fatores de aceitação: sabor, textura e adaptação
Para que a fórmula seja bem aceita, é necessário considerar textura e sabor. Fórmulas muito espessas podem dificultar a deglutição, impactando o desenvolvimento oral-motor. Quando necessário, a introdução gradual, sob orientação médica, facilita a adaptação.
Prebióticos e saúde intestinal
Algumas fórmulas infantis incluem ingredientes que contribuem para o equilíbrio da microbiota intestinal, impactando positivamente o funcionamento do intestino e a imunidade. A escolha por essas versões deve considerar o histórico individual da criança e evidências científicas atualizadas.
Como ler os rótulos e preparar corretamente
As fórmulas infantis seguem regulamentações específicas no Brasil, que determinam limites mínimos e máximos para nutrientes, garantindo segurança e qualidade. A leitura atenta dos rótulos, com orientação de um profissional de saúde, ajuda os responsáveis a verificar se o produto atende às necessidades da criança.
O preparo também requer cuidados: usar água potável previamente fervida, seguir as instruções da embalagem, manter utensílios higienizados e armazenar o produto em local fresco e seco, com a embalagem bem fechada.
Uma aliada, não uma substituta
O aleitamento materno continua sendo a melhor fonte de nutrição para bebês e é recomendado até os dois anos de idade ou mais. As fórmulas infantis, quando bem indicadas, atuam como complemento, não como substituição indiscriminada, ajudando a garantir aporte adequado de nutrientes em situações específicas.
Com escolhas orientadas e baseadas em informações confiáveis, é possível oferecer às crianças uma alimentação equilibrada, segura e alinhada às suas necessidades de crescimento e desenvolvimento.
*Adaptado para eDairyNews, com informações de Portal AZ