Os preços caíram para o menor nível dos últimos três anos graças à forte oferta e fraca demanda, principal de leite em pó integral (WMP) pela China.
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Uma desvalorização futura do dólar kiwi pode representar um pouco de alívio.

No último Global Dairy Trade (GDT) houve queda geral, com a manteiga e o leite em pó desnatado (SMP) caindo 10% e 6%, respectivamente. O WMP caiu 0,4% e encerrou o evento a US$ 3.159/tonelada. [Uma semana depois, encerrou o Global Dairy Trade Pulse a US$ 3.000/tonelada].

O economista do banco ASB, Nat Keall observa que os preços dos lácteos estão no menor nível dos últimos três anos em decorrência de três fatores: ausência da forte demanda da China para importação de leite em pó, fraca demanda por lácteos na maioria das outras partes do mundo, e comparativamente melhor oferta de mercado do que na temporada passada.

“Não houve mudança considerável a ponto de alterar nossa visão conservadora a respeito dos preços dos lácteos”, disse Keall.

Ele disse que a projeção do banco para o preço de NZ$ 7,25/kgMS, [R$ 1,70/litro],  está baseada em três princípios.

“Nos últimos seis meses os preços no GDT tiveram uma trajetória de queda, além da nossa previsão. A China continua ausente dos últimos leilões da Fonterra. O Norte da Ásia comprou apenas 15% do WMP vendido no último GDT, o que na nossa avaliação é o menor percentual em quase uma década. E como destacado em relatórios anteriores, a produção de WMP chinesa permanece forte enquanto o consumo doméstico ainda está fraco”.

Com os recentes dados mostrando que a economia chinesa está com um baixo desempenho, não há perspectivas de grande alteração do lado da demanda.

“Os estímulos monetários concedidos não foram suficientes para aumentar a confiança dos consumidores que estão avessos aos riscos e não devem voltar às compras. Por enquanto, o Sudeste Asiático ajuda a sustentar a demanda, mas as perspectivas econômicas não são boas. Junte-se a isso, a valorização do dólar estadunidense que torna a importação de muitos produtos lácteos mais complicada”.

Do lado da oferta, a histórica se repete. A produção europeia fecha o período de pico de produção com crescimento razoável. A produção da Nova Zelândia bate recorde em maio, subindo 8% na comparação interanual, e embora os indicadores climáticos não sejam os melhores, a temporada começou com um pouco de impulso.

“Os fracos preços do WMP para os contratos de dois ou três meses sugerem que os compradores se sentem confortáveis sobre as perspectivas da oferta para os meses de pico de produção na Nova Zelândia”.

Uma desvalorização futura do dólar kiwi pode representar um pouco de alívio.

Keall disse que a Fonterra foi beneficiada com a taxa de câmbio mais favorável no início da temporada, mas isso acabou sendo insuficiente, em comparação com a fraqueza das cotações dos lácteos.

“Além disso, haverá cada vez menos espaço para redução do dólar kiwi no decorrer da temporada”.

O economista Paul Calrk, do banco Westpac, observa que os resultados do último GDT não definem a direção dos preços futuros.

“Por enquanto, a demanda e a produção global fracas estão pesando mais sobre os preços”, disse Clark.

“Além do mais, é esperada uma recuperação da demanda chinesa até o final do ano, propiciando a retomada dos preços”.

A Westpac está prevendo NZ$ 8,90/kgMS, [R$ 2,09/litro], para o preço do leite ao produtor na próxima temporada.

 

 

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Foram importados 209,5 milhões de litros em equivalente leite em novembro. As aquisições de leites em pó, que representam 67,3% do total, subiram 1,39%, chegando a quase 141 milhões de litros.

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