A produção do leite em Mato Grosso do Sul, que apresenta queda de 40% em dez anos, pode ser elevada com incremento da produtividade por meio de açõ.
A produção do leite pode ser elevada por meio de ações de melhoramento genético.
A produção do leite pode ser elevada por meio de ações de melhoramento genético.
A produção do leite em Mato Grosso do Sul, que apresenta queda de 40% em dez anos, pode ser elevada com incremento da produtividade por meio de ações de melhoramento genético.

Esse foi um dos assuntos tratados na tarde desta terça-feira (7) durante reunião da Frente Parlamentar do Leite, presidida pelo deputado Renato Câmara (MDB). No encontro, também foram apresentados dois projetos, relativos à distribuição de leite nas escolas e à criação do programa Vale Leite.

A reunião, realizada no plenarinho Deputado Nelito Câmara, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), contou com a participação de especialistas e pessoas que atuam em áreas diversas da cadeia produtiva do leite. Além do deputado Renato Câmara, também participaram o deputado Roberto Hashioka (União), zootecnista Marcus Vinicius Morais de Oliveira, professor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e integrante da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite, e Wilson Noboyuki Igi, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado (Senar-MS), entre outras autoridades.

O programa de melhoria genética, que está em discussão entre produtores e o Governo do Estado, foi explicado pelo professor Marcus Vinicius. “Se melhorarmos a genética, aumentamos a produtividade e, por conseguinte, a produção. Isso é bom para todo mundo: para o produtor, para o governo e toda a sociedade”, afirmou. Com investimento inicial de R$ 16 milhões – podendo chegar a R$ 24 milhões com as parcerias -, o projeto vai contemplar, nas primeiras ações, 22 municípios e cerca de dez propriedades em cada um deles.

Para identificação e seleção das propriedades, será feito mapeamento das regiões e municípios com potencial para a produção do leite. “Mas a ideia é não ser excludente”, frisou o professor. “A indicação das propriedades a serem contempladas será feita pelos próprios técnicos, que sabem informar quais são os produtores com condições nutricional e sanitária para receber uma genética diferenciada”, detalhou.

As ações de melhoramento devem apresentar resultar em curto intervalo de tempo, ajudando no aumento da produtividade e, por decorrência, impactos em toda a cadeia. “Estamos falando de um trabalho de melhoramento genético com processo curto, de, no máximo, dois anos. E os desdobramentos são imensos”, enfatizou o zootecnista.

O deputado Renato Câmara comentou que o projeto cumpre seu papel técnico. Em relação ao valor, considerado modesto, poderá ser elevado, o que depende do Governo estadual. “O projeto, tecnicamente, cumpre o objetivo de melhoramento genético. O valor que é o grande limitante. Esse é o ponto em que entra o Governo do Estado, pois se trata de uma política pública”, observou o parlamentar.

Roberto Hashioka, que assinou, durante o evento, o termo de posse como membro da Frente Parlamentar, destacou a relevância do leite e a necessidade de se fomentar a produção do alimento. “Além do leite ser um alimento rico, com muitas propriedades, também é  muito importante para a economia. Das atividades rurais do Estado, 40% estão na produção do leite. É uma cadeia que gera muito emprego. Nos assentamentos, o leite é uma alternativa fundamental de subsistência e de atividade econômica com sustentabilidade”, considerou o parlamentar.

Leite nas escolas e Vale-leite

Dois projetos, que também estão sendo discutidos com o Governo, foram apresentados, sucintamente, pelo deputado Renato Câmara. Trata-se da proposta de distribuição de leite nas escolas estaduais e do programa Vale Leite.

Em relação ao primeiro projeto, o parlamentar explicou que a ideia é disponibilizar aos gestores das escolas recurso adicional para aquisição de leite. Esse montante será separado do valor carimbado para a compra de produtos para a merenda escolar.

A outra proposta é de criar um “vale leite”, no âmbito do programa estadual “Mais Social”. De acordo com o projeto, serão contempladas famílias com crianças com até seis anos ou com idosos acima de 60 anos. Os beneficiários receberão um cartão, ou será usado o mesmo cartão do programa Mais Social”, para compra de leite no comércio próximo de sua residência.

Durante a reunião, também foi tratado sobre o Leite da Manhã, evento que a ALEMS realiza anualmente. Quanto ao 2° Seminário do Leite foi informado que será no dia 4 de julho na Casa de Leis. Durante o seminário, serão discutidos “mitos e verdades” em relação ao leite, entre outros assuntos.

Produção em queda

A produção do leite em Mato Grosso do Sul tem caído acentuadamente conforme mostra o histórico da Pesquisa Trimestral do Leite, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2023, o Estado produziu 35,62 milhões de litros de leite. O resultado supera os três anos anteriores: em 2022, foram 28,38 milhões de litros; em 2021, de 31,54 milhões de litros; e, em 2020, de 34,52 milhões de litros.

No entanto, em um comparativo ampliado, a trajetória é de queda acentuada. Em relação a 2014, o volume produzido foi de 59,83 milhões de litros. Isso representa retração de 40%, ou de 24 milhões de litros do alimento, em apenas dez anos.

Serviço

A reunião teve cobertura da Comunicação Institucional da ALEMS, com transmissão do vivo pelas mídias sociais da Casa de Leis. Confira abaixo o evento na íntegra:

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