ESPMEXENGBRAIND
15 mar 2025
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Pesquisa global revela os alimentos mais visados por fraudes em 2024 e os tipos mais comuns de adulteração.
Os dados revelam que as fraudes mais comuns envolvem falsificação da origem botânica e animal, diluição e adição de substâncias não padronizadas.

A fraude alimentar é um problema bilionário. Segundo a Transnational Alliance to Combat Illicit Trade (TACIT), perdas com alimentos falsificados, de qualidade inferior ou ilegais custam à indústria global até US$ 50 bilhões anuais, sem contar os danos causados pelo comércio de álcool falsificado.

A Organização Mundial do Comércio (OMC) destaca que não há uma definição legal única para fraude alimentar, o que dificulta a quantificação do problema. No entanto, um novo estudo da Food Authenticity Network, baseado em bancos de dados globais, identifica os produtos mais afetados por essas práticas.

Os alimentos mais visados por fraudes

Relatórios de 2024 indicam que bebidas, alimentos processados, lácteos, frutas, vegetais e cereais estão entre os produtos mais mencionados em casos de fraude. Outra base de dados aponta frutos do mar, mel, lácteos, especiarias e bebidas alcoólicas como os mais afetados.

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Nos últimos 10 anos, frutos do mar (15%), carne (11%), lácteos (11%) e bebidas (10%) lideram as ocorrências.

Principais tipos de fraudes alimentares

Os dados revelam que as fraudes mais comuns envolvem falsificação da origem botânica e animal, diluição e adição de substâncias não padronizadas.

Entre os casos mais perigosos estão a adição de substâncias não alimentícias, como corantes tóxicos em especiarias (exemplo: cromato de chumbo na cúrcuma) e melamina em fórmula infantil.

Melhorar a transparência nos relatórios de fraude alimentar

Apesar da gravidade, apenas 8% dos relatórios de segurança alimentar tratam de fraudes. A pesquisa aponta que é essencial ampliar a transparência, permitindo acesso aberto a essas informações.

A falta de uma definição global também dificulta o combate a esse problema. A Comissão do Codex Alimentarius da OMC propôs um documento com diretrizes sobre fraude alimentar, prevendo definição e classificação dos seis principais tipos: adição, substituição, diluição, falsificação, representação enganosa e ocultamento.

A previsão é que o documento seja aprovado em 2025.

Como os fraudadores adulteram alimentos?

  • Leite e sucos: diluição com água ou outras substâncias.
  • Bebidas alcoólicas: falsificação, causando prejuízos de até US$ 9 bilhões anuais.
  • Especiarias: mistura com substâncias ilegais para aumentar peso ou cor.
  • Frutos do mar e carnes: substituição por produtos de menor valor, como peixe de criadouro vendido como selvagem.
  • Mel: diluição com xaropes baratos e falsificação da origem.
  • Azeite de oliva: mistura com óleos mais baratos.

 

 

 

Traduzido e adaptado para eDairyNews 🇧🇷

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