Preocupadas com a completa adequação dos produtores paranaenses à duas Instruções Normativas referentes à higiene da produção leiteira – publicadas pelo Ministério da Agricultura

Preocupadas com a completa adequação dos produtores paranaenses à duas Instruções Normativas referentes à higiene da produção leiteira – publicadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e validadas em junho deste ano, entidades representativas da cadeia láctea foram recebidas na manhã desta terça-feira (8) pela Frente Parlamentar de Apoio à Cadeia Produtiva do Leite, coordenada na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) pelo deputado Reichenbach (PSC). “São novas exigências às normas de produção do leite, em um momento em que o mercado externo se abre para a colocação de nosso leite, diante do volume de produção que precisa buscar mercado com base na qualidade”, explicou Reichenbach.

De acordo com o parlamentar, a ponta da produção leiteira, desde o cumprimento das exigências na ordenha, prevista nas Instruções Normativas (IN) 76 e 77, impacta no produto entregue ao consumidor, seja nos derivados ou na distribuição do leite in natura. Para ele, reuniões entre membros do Poder Executivo, Legislativo e entidades que representam a cadeia de produção ajudam na disseminação das informações necessárias para que os pequenos e médios produtores paranaenses que ainda não se adequaram às normas não fiquem de fora do processo.

“A Frente Parlamentar tem promovido estas reuniões, sugerindo à Secretaria de Agricultura do Estado do Paraná informações que sejam repassadas aos produtores. Ela está promovendo seminários e workshops em todos os municípios das regiões produtoras. A maioria dos produtores já está dentro das normativas, mas alguns pequenos dependem desta renda mensal e ainda estão fora. Eles dependem de nosso apoio para não serem excluídos da atividade, o que geraria prejuízo financeiro e um problema social. Trabalhamos esta complexidade do mercado para que todos se adequem”, explicou o deputado.

Participaram da reunião também: o presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, deputado Anibelli Neto (MDB); a deputada Luciana Rafagnin (PT); o deputado Nelson Luersen (PDT); o deputado Elio Rusch (DEM); e o deputado Marcel Micheletto (PL).

Liderando o encontro, o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Paraná (Sindileite), Wilson Thiesen, disse que a preocupação de pequenos e médios produtores está sendo respondida com orientações e apoio de diversas entidades. “Vamos superara qualquer problema que ainda possa restar. Ainda há falta de informação. Evidentemente a maior demanda é com a assistência técnica a esses produtores. Temos que investir, nossas empresas filiadas têm contratado assistência para que ninguém fique fora do processo. A expectativa é muito boa, o porcentual que ainda não está adequado vai se adequar em breve”, frisou. “Ainda teremos problemas pontuais, como qualidade de estradas rurais ou falta de energia elétrica em alguns municípios. Agimos em conjunto para resolver todos eles”, explicou.

Adequação – As Instruções Normativas, publicadas pelo Ministério da Agricultura em novembro de 2018, tratam de aspectos de regulamentação técnica para a produção, armazenamento, transporte e industrialização do leite. Segundo o diretor técnico da Secretaria de Estado da Agricultura (SEAB), Rubens Ernesto Niederheimann, três pontos principais exigem atenção para o cumprimento pleno no estado: “Um diz respeito à higiene da ordenha, que vai determinar o número de bactérias que vai se formar no leite; o segundo é sobre doenças que os animais possam ter, que vão se transformar em células somáticas que têm um padrão a serem observados; e o terceiro é a temperatura do armazenamento do leite, que deve ser mantido na propriedade em quatro graus para evitar proliferação de bactérias”, listou.

“São regras simples de higiene na ordenha, de um bom manejo sanitário dos rebanhos”, afirmou o diretor. Ainda segundo ele, entidades da SEAB, como a EMATER, ADAPAR e IAPAR estão no campo, junto aos agricultores alertando para as necessidades da adequação. “E capacitando, em parcerias com órgãos como o SENAR, SEBRAE, universidades e entidades com conteúdo para que eles possam chegar aos padrões desejados pelas instruções normativas”, explicou. “Estima-se que de 15% a 20%, no máximo, de todos os produtores, ainda tenham algum problema para sanar, porém, os laticínios também estão implementando planos de qualificação para recuperar a qualidade de todos”, reforçou.

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