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21 jul 2025
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Com 100 anos em 2025, a Frísia destaca o leite como base de um modelo diversificado que garante escala, valor agregado e expansão geográfica.
A história da Frísia começou em 1925, quando sete famílias de imigrantes holandeses criaram a Sociedade Cooperativa Hollandeza de Lacticínios.
A história da Frísia começou em 1925, quando sete famílias de imigrantes holandeses criaram a Sociedade Cooperativa Hollandeza de Lacticínios.

A Frísia Cooperativa Agroindustrial registrou um faturamento de R$ 5,79 bilhões em 2024, consolidando sua trajetória de crescimento com base na diversificação, mas mantendo o leite como pilar estratégico.

A cooperativa centenária, que completará 100 anos em 2025, atua hoje em múltiplas frentes — agricultura, suinocultura, produção florestal —, mas foi com o leite que tudo começou, e é dele que ainda emana grande parte do valor agregado ao produto cooperado.

Com sede nos Campos Gerais do Paraná, onde mantém 12 unidades, e presença crescente no Tocantins (2 unidades), a Frísia reúne cerca de 1.100 cooperados e 1.200 colaboradores.

Em 2024, a produção somou 362,2 milhões de litros de leite, o que equivale a uma média de 690 litros por minuto — volume que impressiona e traduz o salto tecnológico e de escala alcançado nas últimas décadas.

O portfólio de produção em 2024 também incluiu 826,8 mil toneladas de grãos, 93 mil toneladas de produtos florestais e 27,9 mil toneladas de carne suína.

Apesar dessa amplitude, o presidente da Frísia, Geraldo Slob, reforça que o foco está sempre em gerar condições para que o cooperado obtenha o melhor preço e segurança no mercado.

“Queremos sempre agregar valor ao produto do nosso cooperado, seja no leite, nos grãos ou na carne suína”, afirmou.

Esse compromisso também se reflete nos investimentos realizados: foram R$ 53,7 milhões aplicados no último ano em melhorias estruturais nas unidades do Paraná e do Tocantins.

Entre as ações estão a construção de um novo escritório de insumos em Carambeí (PR), a instalação de barracões climatizados nas Unidades de Beneficiamento de Sementes em Ponta Grossa e Tibagi, além de ampliações em armazéns e secadores de grãos nos municípios tocantinenses de Paraíso e Dois Irmãos.

Raízes holandesas, expansão brasileira

A história da Frísia começou em 1925, quando sete famílias de imigrantes holandeses criaram a Sociedade Cooperativa Hollandeza de Lacticínios.

A produção inicial era de 700 litros de leite por dia, além de manteiga e queijo, vendidos em cidades como Curitiba, Ponta Grossa e até São Paulo.

A união das pequenas fábricas leiteiras deu origem ao modelo cooperativo que, três anos depois, criaria a marca Batavo — símbolo da origem holandesa e da vocação láctea da região.

A década de 1940 marcou a mecanização das atividades e a importação de gado holandês puro, elevando os padrões de produtividade.

Já nos anos 1950, a marca Batavo passou a ser industrializada por meio da CCLPL (Cooperativa Central de Laticínios do Paraná Ltda.). Em 1997, a Batávia S.A. foi criada, sendo posteriormente incorporada por uma multinacional do setor em 2007.

Foi apenas em 2011 que a Frísia voltou à industrialização própria, com a inauguração da Central de Processamento de Leite Frísia.

Em 2015, a então Batavo Cooperativa Agroindustrial adotou o nome atual e, no ano seguinte, iniciou sua expansão geográfica com a abertura da primeira unidade fora do Paraná, em Tocantins.

Modelo cooperativo e profissionalização

Ao manter o leite como centro estratégico de sua operação, mas expandindo para áreas sinérgicas e investindo em verticalização e infraestrutura, a Frísia exemplifica um modelo cooperativo maduro, que alia identidade territorial a visão empresarial.

A profissionalização da gestão e o foco em valor agregado permitem que a cooperativa mantenha competitividade, mesmo diante de um mercado agropecuário marcado por volatilidade e concentração.

A meta para o próximo centenário está clara: manter o ritmo de crescimento com sustentabilidade, inovação e, sobretudo, com protagonismo do cooperado na geração de riqueza.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de G1

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