O Governo do Rio Grande do Norte anunciou um reajuste de 12,15% no preço do litro de leite pago à indústria e aos fornecedores do Programa Leite Potiguar (PLP). A decisão, publicada em setembro de 2025, é o 6º aumento em sete anos e tem como objetivo manter a sustentabilidade econômica da cadeia leiteira potiguar, uma das mais tradicionais do Nordeste.
Segundo a Resolução nº 028/2025, aprovada pelo Comitê Gestor do Programa Leite Potiguar (CPLP), o reajuste considera o impacto das altas inflacionárias nos insumos agrícolas e no custo operacional da indústria de laticínios. O Comitê é composto pela Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas), Secretaria de Agricultura, Emater e Idiarn.
Com a atualização dos valores, o leite bovino passa de R$ 4,00 para R$ 4,50, enquanto o leite caprino sobe de R$ 4,80 para R$ 5,37. Esses preços refletem o compromisso do Estado em preservar a renda dos produtores rurais e garantir que as usinas de beneficiamento contratadas consigam operar de forma equilibrada.
Investimento recorde e impacto social
O Programa Leite Potiguar é uma política pública essencial para o combate à insegurança alimentar e nutricional no estado. Em 2025, o Governo destinou R$ 81 milhões para a aquisição de 19,5 milhões de litros de leite provenientes da bacia leiteira potiguar.
A meta é assegurar o fornecimento semanal de 5 litros de leite a 76 mil famílias distribuídas nos 167 municípios do Rio Grande do Norte. Segundo estimativas do IBGE, isso representa um impacto direto em 240 mil pessoas por mês, com prioridade para famílias em situação de vulnerabilidade social.
A partir de 2026, o investimento será ampliado para R$ 90 milhões anuais, consolidando o programa como uma das maiores ações estaduais de estímulo à produção leiteira e à segurança alimentar do país.
Entre tradição e modernidade
O Programa Leite Potiguar tem mais de duas décadas de história e é reconhecido como um símbolo de identidade e resiliência do produtor potiguar. Desde pequenos agricultores familiares até médios e grandes produtores, todos participam de uma rede que conecta o campo às mesas das famílias beneficiadas.
Ao longo dos anos, o programa se adaptou às novas exigências do mercado e à necessidade de eficiência logística, incorporando sistemas de rastreabilidade e melhorando o controle de qualidade dos laticínios. O recente reajuste chega em um momento crítico de estiagem e custos elevados, fortalecendo a cadeia e reafirmando a importância da parceria entre o poder público e o setor produtivo.
Produção leiteira como pilar da economia rural
De acordo com a Sethas/RN, o reajuste visa preservar empregos e estimular o aumento da produção local, o que repercute positivamente em toda a economia rural. O leite, além de ser um alimento essencial na nutrição das famílias, é também uma fonte de renda vital para milhares de pequenos produtores do interior potiguar.
O Governo destaca que a medida representa mais do que uma correção monetária — é um investimento direto na dignidade do trabalhador rural e na estabilidade da cadeia produtiva. A expectativa é de que o aumento de preços garanta maior previsibilidade e confiança para os produtores enfrentarem os desafios da próxima safra.
Compromisso com o futuro da cadeia leiteira
Com o novo reajuste e os investimentos previstos, o Programa Leite Potiguar reforça seu papel estratégico para o desenvolvimento sustentável do estado. Ao equilibrar tradição e modernidade, o RN dá um passo importante para assegurar o futuro da produção leiteira, fortalecendo laços entre produtores, indústrias e famílias beneficiadas.
O Governo do Rio Grande do Norte reafirma, assim, o compromisso com a continuidade do programa, que une propósito social e impacto econômico, transformando o leite em um elo vital entre o campo e a cidadania.
*Escrito para o eDairyNews, com informações de Portal Diário do RN
 
											

 
								


 
								

 
								