ESPMEXENGBRAIND
18 ago 2025
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Guyana é o único país que produz todos os grupos de alimentos, incluindo lácteos, sem depender de importações.
🐟 Guyana surpreende como líder em autosuficiência de alimentos
🐟 Guyana surpreende como líder em autosuficiência de alimentos.

Guyana é hoje o único país do mundo 100% autossuficiente em alimentos.

O dado foi revelado em um levantamento do portal Visual Capitalist, que analisou o desempenho de 50 países na produção de sete grupos básicos de alimentos: frutas, verduras, leguminosas, alimentos amiláceos, carnes, pescados e lácteos.

Localizado no norte da América do Sul e com pouco mais de 815 mil habitantes, Guyana se destaca por conseguir suprir toda a demanda interna em cada um desses segmentos, algo que nenhuma outra nação alcança atualmente. Segundo a análise, o país não apenas cobre as necessidades internas de consumo, mas também excede a produção em alguns setores, garantindo margem de exportação.

Agricultura antes do petróleo

Embora tenha ganhado projeção internacional nos últimos anos pelo crescimento de seu PIB após a descoberta de grandes reservas de petróleo em 2015, a economia guianense já era fortemente apoiada na agricultura e na mineração. Esses setores foram fundamentais para sustentar a autossuficiência alimentar que hoje diferencia o país em escala global.

A produção de alimentos básicos como arroz e mandioca, somada a uma pecuária em expansão e à pesca, permitiu que Guyana construísse um sistema robusto e diversificado. Diferentemente de outras nações em desenvolvimento, o país não apresenta grandes déficits em nenhum dos sete grupos alimentares analisados.

Lácteos: o ponto fraco da Ásia

O levantamento mostra que nem mesmo potências agrícolas da Ásia, como China e Vietnã, conseguem atingir os sete grupos. Ambos aparecem logo atrás de Guyana, atendendo seis dos sete segmentos, mas com falhas relevantes na produção de lácteos.

Essa limitação é comum na região. Países como Indonésia, Tailândia, Tonga, Laos e Filipinas chegam a suprir apenas 0% de seu consumo de lácteos com produção local, dependendo totalmente de importações. Isso contrasta com a realidade guianense, que mantém equilíbrio também na produção de leite e derivados.

Os que ficam para trás

Na outra ponta do ranking estão países como Armênia, Tailândia e Grécia. Essas nações cumprem apenas quatro das sete categorias de alimentos, com percentuais baixos de autossuficiência na maioria delas. A dependência externa é significativa:

  • A Tailândia depende de importações para suprir lácteos e verduras.
  • A Grécia apresenta déficit em alimentos amiláceos e pescados.
  • A Armênia enfrenta limitações severas na produção de leguminosas e pescados.

 

Esse cenário evidencia que, mesmo em regiões com forte tradição agrícola, a autossuficiência plena continua sendo uma raridade.

O caso europeu

No contexto europeu, o estudo ressalta a importância do mercado único agrícola da União Europeia (UE). Enquanto países do norte enfrentam dificuldades no cultivo de frutas, os do sul conseguem suprir essa lacuna com produções abundantes.

Mais de 70% do comércio de alimentos da UE ocorre entre seus países-membros, o que garante equilíbrio e abastecimento mesmo em situações de problemas locais de produção. Esse modelo de integração ajuda a reduzir vulnerabilidades, mas não equivale à autossuficiência plena alcançada por Guyana.

Um modelo em tempos de incerteza

O ranking revela que a globalização ampliou a dependência alimentar entre países. Durante séculos, as sociedades consumiram essencialmente o que conseguiam produzir localmente. Hoje, com hábitos mais variados e uma população crescente, a importação se tornou parte indispensável do sistema alimentar global.

Nesse cenário, a posição de Guyana chama atenção. O país não apenas resiste à tendência de dependência externa, como também projeta sua produção para além de suas fronteiras. Esse desempenho reforça a importância de políticas agrícolas consistentes, capazes de sustentar a segurança alimentar em longo prazo.

 

O exemplo guianense mostra que é possível garantir autossuficiência em todos os grupos alimentares, inclusive nos lácteos, um setor em que muitas regiões do mundo enfrentam déficits significativos.

Enquanto países como China e Vietnã avançam, mas ainda carecem de equilíbrio produtivo, Guyana aparece como uma referência global em segurança alimentar.

Em um momento em que o abastecimento é desafiado por fatores como mudanças climáticas, crises geopolíticas e crescimento populacional, a experiência do pequeno país sul-americano pode inspirar estratégias de soberania alimentar em outras partes do mundo.

🥛 Guyana é o único país 100% autossuficiente em alimentos
🥛 Guyana é o único país 100% autossuficiente em alimentos.

 

*Adaptado para eDairyNews, com informações de SerNoticias.com.mx

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