Por Juliana Santos
O mercado de lácteos iniciou 2019 com forte aumento de 41% no déficit da balança comercial brasileira entre dezembro/18 e janeiro/19, com saldo negativo passando para US$ 38,4 milhões.
Esse cenário está atrelado à alta de 31% no valor total das importações e ao recuo de 18% na receita com as exportações, que passaram em janeiro para, respectivamente, US$ 43,1 milhões e US$ 4,6 milhões.
Em volume, as importações somaram 111,1 milhões de litros em equivalente leite em janeiro, 27% maior que o de dezembro/18 e 72% superior ao de janeiro/18. Isso se deve ao maior volume de compras de leite em pó, que representou 75% do total importado, o equivalente a 83,3 milhões de litros de leite, alta de 34% em relação a dezembro.
Os principais fornecedores do Brasil foram a Argentina e Uruguai, que representaram 95% do total de leite em pó importado. As aquisições do Brasil nesses países cresceram, respectivamente, 21% e 87%, de dezembro para janeiro.
As compras de queijo, segundo lácteo mais importado pelo Brasil, também cresceram, 12%, totalizando 25,8 milhões de litros em equivalente leite em janeiro. Esse aumento é decorrente da oferta reduzida de leite no mercado doméstico.
Exportações
Quanto às exportações, o recuo também influenciou o déficit da balança comercial. Em volume, houve redução de 7% de dezembro para janeiro, ou de 5,5 milhões de litros de leite.
As vendas de queijos, que representaram 55% do volume total exportado, aumentaram 65% de dezembro para janeiro, ou 3 milhões de litros de leite. Os principais destinos dos queijos nacionais foram a Argentina (somando 875 mil litros em janeiro), a Rússia (666 mil litros) e o Paraguai (420 mil litros).
Já as vendas externas de leite condensado – segundo produto lácteo mais exportado pelo Brasil – diminuíram 49% na mesma comparação, ou o equivalente a 1,4 milhão de litros de leite. O principal destino do derivado lácteo nacional, Trinidade e Tobago, reduziu em 47% as compras de dezembro para janeiro.