As importações brasileiras de derivados lácteos recuaram neste início de 2022, de acordo com a edição de fevereiro do Boletim do Leite do Cepea/Esalq/USP.
Em novembro, houve registros de quedas nos preços médios do leite UHT (-12,58%), do queijo muçarela (-9,32%), do leite condensado (-7,56%) e do leite em pó (-1,44%). O creme de leite, por outro lado, teve aumento de 2,37

As importações brasileiras de derivados lácteos recuaram neste início de 2022, de acordo com a edição de fevereiro do Boletim do Leite do Cepea/Esalq/USP. “As reduções no volume importado foram de 23,3% de dezembro/21 a janeiro/22 e de 51,6% em relação a janeiro/21, com total de 8,7 mil toneladas no primeiro mês do ano – segundo dados da Secex”, diz nota assinada por Munira Nasrrallah e Juliana Santos, da Equipe Leite do Cepea.

O recuo das importações está atrelado à baixa demanda do mercado interno, visto que o poder de compra da maioria dos brasileiros permanece enfraquecido, informa o Cepea. Além disso, acrescenta, os altos patamares de preços negociados no mercado internacional desestimularam a compra de lácteos.

Conforme a Secex, o volume de leite em pó adquirido (que representou 58% das compras totais) diminuiu 12% frente a dezembro e 59% na comparação com o primeiro mês de 2021, totalizando 5,05 mil toneladas. Os principais países vendedores desse produto ao Brasil foram a Argentina (67,7%) e o Uruguai (34,3%).

Queijos

Em relação aos queijos (com total de 21% das compras), o volume importado recuou 29% frente a dezembro/21 e 48,8% frente ao mesmo período de 2021, totalizando 1,8 mil toneladas. A Argentina e o Uruguai também apresentaram maior participação sobre a aquisição dos queijos, com participações de 34,4% e 21,6%, respectivamente.

Quanto às exportações, totalizaram 3,4 mil toneladas em janeiro, 4,5% menor que o volume de dezembro/21, mas 30% superior ao de janeiro/21, também conforme a Secex. Apesar do recuo no total embarcado, as vendas do leite em pó avançaram de forma expressiva entre dezembro e janeiro, registrando volume 15 vezes superior ao de dezembro/21 e 30 vezes maior que o do mesmo período de 2021, totalizando 937 mil toneladas. O principal destino do derivado foi a Argélia, que foi responsável por 96,4% dos negócios.

Balança

O segundo produto mais negociado foi o leite condensado, com 667 toneladas exportadas, mas com quedas de 41,7% frente a dezembro/21 e de 38,1% na comparação anual. Os principais destinos do derivado foram Chile, Cuba e Trinidad e Tobago que, juntos, representaram 61,5% das vendas de leite condensado, pontua o Cepea.

“No primeiro mês de 2022, o saldo da balança comercial de lácteos fechou com déficit de US$ 21,5 milhões, baixas de 32,3% frente a dezembro/21 e de 57% em relação ao mesmo período de 2021. Em volume, o déficit foi de 5,3 milhões de toneladas, 32% menor frente ao mês anterior.”

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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