Nos últimos três meses, os volumes importados ficaram acima dos 180 milhões de litros
Nos últimos três meses, os volumes importados ficaram acima dos 180 milhões de litros

As importações brasileiras de leite continuam em patamares elevados. Nos últimos três meses, os volumes importados ficaram acima dos 180 milhões de litros, que correspondem a 8,6% da produção inspecionada em cada mês. É o que aponta o boletim do Centro de Inteligência do Leite, produzido pela Embrapa Gado de Leite.

Na comparação entre novembro e outubro o Brasil importou 4,5% a mais de leite. Já nos doze meses (novembro de 2019 e novembro de 2020) o volume é 117% maior. Já as exportações no mês caíram 30,1%. No ano houve alta de 47%. Com isso o saldo ficou negativo em US$ 408 milhões e um volume equivalente a 1 bilhão de litros.

Já no mercado interno os preços pagos ao produtor tiveram nova queda. No mês o recuo é de 5,3%, após cinco meses de altas consecutivas. Na média Brasil, a cotação fechou em R$2,04 por litro. Nos doze meses a alta no preço pago foi de 51,4%. A praça que registrou maior preço em novembro foi Goiás, com R$ 2,15 o litro.

Já no varejo o preço dos lácteos (leite UHT, leite condensado, manteiga, leite em pó, queijo e iogurte) teve queda de 1,02%. O litro do UHT fechou em queda de 3,4%.

A queda no preço do leite associada ao aumento nos preços de milho e soja fizeram a relação de troca piorar para o pecuarista. Em novembro foram necessários 53 litros de leite para aquisição de 60 kg de mistura concentrada, alta de 27% em relação ao mesmo mês de 2019.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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