Proteínas são nutrientes complexos que – por sua diversidade de composição, conformação e funcionalidade – desempenham uma gama variada de funções. No organismo humano, por exemplo, elas tem papéis estruturais, enzimáticos, de transporte, de defesa e reserva energética.
O adequado consumo de proteínas garante o aporte de nitrogênio e de aminoácidos, necessários à manutenção da vida. Desta forma, para adultos, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda o consumo diário de proteínas equivalente a 0,83g/kg de peso por dia.
As proteínas de origem animal exibem maior qualidade nutricional, quando comparadas com as de origem vegetal. As proteínas lácteas, por exemplo, contem teores consideráveis de aminoácidos indispensáveis e que o organismo não é capaz de produzir.
As proteínas lácteas e sua importância para a vida
Caseínas e proteínas do soro compõem os dois grupos basilares de proteínas lácteas, as quais representam aproximadamente 3% dos constituintes do leite. Ambos os grupos são excepcionais para a manutenção e para o ganho de massa muscular.
Um adequado perfil muscular reflete-se em força, equilíbrio e é fundamental no emagrecimento e no envelhecimento saudável. É importante destacar, também, que as caseínas tem grande capacidade de carrear minerais primordiais ao sustento do metabolismo, como: potássio, cálcio, fósforo e magnésio.
As proteínas lácteas são, ainda, fontes de taurina e de glutationa. Respectivamente, elas desempenham proteção endotelial e defesa antioxidante. Neste último caso, os pulmões são um alvo importante, no que diz respeito às disfunções respiratórias.
Está claro que o consumo regular de proteínas lácteas é recomendado para garantir um adequado aporte nutricional ao organismo. Porém, não apenas tal fato torna estas proteínas singulares. Recentemente, autores têm abordado a bioatividade de certas frações proteicas, os peptídeos bioativos. A bioatividade pode ser considerada como a capacidade de atuar positivamente sobre os múltiplos sistemas do organismo humano. Efeitos anti-hipertensivo, antimicrobiano e imunomodulador foram observados.
Além disto, para a saúde óssea, pesquisadores mostraram os benefícios do consumo de proteínas lácteas, dado que – além da abundância de cálcio no leite – os peptídeos bioativos são capazes de modular estágios da remodelação óssea. Também, as proteínas associadas à membrana do glóbulo de gordura são relevantes e, por apresentarem atividade biológica, são consideradas promotoras de saúde.
No tocante à vigente pandemia da Covid-19, o leite é descrito como uma escolha alimentar excelente. Um dos aspectos que explica esta constatação é a presença de lactoferrina. Esta é uma proteína do soro do leite eficiente em regular o sistema imunológico e em exercer papel antimicrobiano (REN; CHENG; WANG, 2021).
Em suma, pode-se afirmar que as proteínas lácteas são fundamentais no que concerne à adequada nutrição e à promoção da qualidade de vida.