A média ficou em 121,5 pontos no nono mês do ano, ante 121,4 pontos em agosto, com baixas nos índices de preços de óleos vegetais, laticínios e carnes.
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Conforme a FAO, no mês passado, os preços internacionais de todos os produtos lácteos diminuíram.

O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) se manteve quase inalterado em setembro.

A média ficou em 121,5 pontos no nono mês do ano, ante 121,4 pontos em agosto, com baixas nos índices de preços de óleos vegetais, laticínios e carnes, mas aumentos nos índices de açúcar e de cereais.

Em contrapartida, os preços do trigo recuaram 1,6% no mês, pressionados pela ampla oferta da Rússia, onde as perspectivas de produção melhoraram em setembro, disse a FAO. Já o arroz registrou uma ligeira queda de 0,5% em relação a agosto, mas ainda 27,8% acima do valor de um ano antes.

De acordo com a FAO, o recuo pode ter sido motivado pela baixa demanda por importações do produto, mas a incerteza sobre as restrições de exportação da Índia e os estoques reduzidos antes das colheitas asiáticas contiveram perdas maiores.

O levantamento mensal da FAO também mostrou que o subíndice de preços dos Óleos Vegetais registrou média de 120,9 pontos em setembro, 5 pontos (3,9%) a menos em relação a agosto, o que marcou a segunda queda mensal seguida.

Conforme a FAO, as perdas ocorreram em virtude dos preços mundiais mais baixos nos óleos de palma, girassol, soja e colza. Os preços do óleo de girassol caíram “significativamente”, com a pressão sobre a colheita de sementes de girassol na região do Mar Negro, em um contexto de vendas robustas dos agricultores.

Quanto ao óleo de palma, a FAO destacou que os preços mantiveram a queda por causa da produção sazonalmente elevada nos principais países produtores do Sudeste Asiático.

Já os preços dos óleos de colza caíram, com o excesso de oferta global, enquanto os preços mundiais do óleo de soja também seguiram a tendência de baixa, apesar das perspectivas de uma demanda sólida do setor de biodiesel.

O subíndice de preços da Carne da FAO teve média de 114,2 pontos em setembro, queda de 1,2 pontos (1%) em relação a agosto, marcando o terceiro mês de recuo, além de perder 6,1 pontos (5%) em relação ao valor de um ano atrás. “Os preços da carne suína caíram por causa da fraca demanda de importação dos principais países importadores, especialmente a China”, explicou a organização.

Além disso, os preços da carne de aves também caíram, com o excesso de oferta dos principais fornecedores, especialmente o Brasil, e os preços da carne ovina diminuíram pelo quinto mês consecutivo.

Apesar disso, a forte demanda de importação por carne bovina magra, especialmente nos EUA, levou a um aumento nos preços da carne bovina, apesar da oferta robusta do Brasil e da Austrália, apontou a FAO.

O relatório mostra, ainda, que o subíndice de preços de lácteos teve uma média de 108,6 pontos em setembro, uma queda de 2,6 pontos (2,3%) em relação a agosto, marcando o nono declínio mensal consecutivo, além de ficar 34,1 pontos (23,9%) abaixo do seu valor correspondente no ano passado.

Conforme a FAO, no mês passado, os preços internacionais de todos os produtos lácteos diminuíram, principalmente pela fraca demanda para entregas imediatas e de curto prazo, além dos estoques abundantes.

Além disso, o aumento da oferta na Nova Zelândia, a demanda interna limitada na União Europeia e o euro mais fraco ante o dólar pesaram nos preços internacionais de produtos lácteos.

De acordo com a FAO, o subíndice de preços do Açúcar teve uma média de 162,7 pontos em setembro, avanço de 14,5 pontos (9,8%), marcando o segundo aumento mensal e o nível mais alto desde novembro de 2010.

Os ganhos ocorreram pela perspectiva de aperto na oferta global na temporada 2023/24, com previsões que indicam para quedas na produção de países como Tailândia e Índia, que enfrentam condições climáticas de seca.

Os preços mais altos do petróleo também contribuíram para os ganhos do adoçante. “No entanto, a grande safra em colheita no Brasil, em condições climáticas favoráveis, combinada com a desvalorização do real ante o dólar, limitou o aumento mensal”, explicou a organização.

 

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