Índices IFCN – A relação entre os Índices IFCN das commodities lácteas/custo dos insumos para ração, que reflete a rentabilidade da produção de leite, no mês de junho de 2019 caiu quase 28% em relação ao mês anterior, quando chegou ao maior valor, 1,93, desde janeiro de 2014.
A queda foi brusca, ao combinar redução no preço da matéria prima, (13%), e o aumento no preço dos insumos para alimentação animal, (11%). A média dos últimos 12 meses ficou em 1,61, e no ano, 1,71. A rentabilidade do produtor vinha melhorando desde fevereiro, mas, sofreu um revés no mês de junho.
O indicador apurado para os custos elevou para 24,20, com aumento de 11%, e sendo o maior indicador desde maio de 2018.
Com esse desempenho, a rentabilidade do produtor foi praticamente zero no mês de junho, e assim como ocorreu até o final do ano passado, haverá um desestímulo ao aumento da produção.
– O Índice IFCN dos preços do leite, é uma combinação dos preços médios de uma cesta de commodities lácteas negociadas no mercado mundial.
Representa o quanto uma indústria poderia, teoricamente, remunerar seus produtores, se os produtos lácteos fossem vendidos com as cotações vigentes no período.
O indicador IFCN é elaborado da seguinte forma: 1 – Leite em pó desnatado & Manteiga (35%); 2 – Queijos e Soros de leite (45%); e 3 – Leite em pó integral (20%).
– O Índice IFCN dos custos da alimentação representa o nível dos preços no mercado mundial de insumos para ração, farelo de soja e milho.
A relação entre o preço do leite e a cotação da ração, indica a rentabilidade. De uma forma simplificada, mostra quantos quilos de ração o produtor pode comprar com a venda de um quilo de leite. A relação leite/ração maior que 1,5 é considerada favorável. Se o aumento da produção se dá via utilização de concentrados, e a razão continua subindo, o sistema é recomendável.
Por outro lado, se a razão for caindo em direção a 1, ou menos, o concentrado pode significar aumento do prejuízo.