Representantes da indústria leiteira catarinense foram ouvidos, no fim da tarde desta quarta-feira (6), pela Assembleia e pelo Poder Executivo, a respeito do veto parcial ao Projeto de Lei (PL) 449/2021, que trata da concessão de benefícios fiscais de ICMS. O encontro foi realizado na Presidência da Alesc.
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Reunião foi realizada na tarde desta quarta-feira (6), na Presidência da Alesc, com a presença da indústria, deputados e governo
FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL

Representantes da indústria leiteira catarinense foram ouvidos, no fim da tarde desta quarta-feira (6), pela Assembleia e pelo Poder Executivo, a respeito do veto parcial ao Projeto de Lei (PL) 449/2021, que trata da concessão de benefícios fiscais de ICMS. O encontro foi realizado na Presidência da Alesc.

Participaram representantes das indústrias Tirol, Terra Viva, Aurora e Piracanjuba, além do presidente do sindicato do setor (Sindileite-SC), Valter Brandalise. Pela Assembleia, participaram o presidente, deputado Moacir Sopelsa (MDB), e os deputados Fabiano da Luz (PT), Milton Hobus (PSD), Altair Silva (PP), Mauricio Eskudlark (PL) e Nazareno Martins (Podemos). Pelo Poder Executivo, estavam a secretária adjunta de Estado da Fazenda, Michele Roncalio, que está respondendo pela Pasta, e o chefe da Casa Civil, Juliano Chiodelli.

Na reunião, os representantes da indústria foram informados que o governo encaminhará à Assembleia um projeto de lei para recolocar o leite UHT como item da cesta básica, sujeito a alíquota de ICMS de 7%. Isso ocorre porque no dia 1º de abril, o produto foi deixou de figurar na lista de produtos de consumo popular, o que elevou a alíquota para 17%. O envio desse PL foi acordado entre deputados e o governo, em reunião realizada na terça-feira (5), na Casa d’Agronômica, com a presença do governador Carlos Moisés da Silva (Republicanos).

A indústria reiterou a defesa pela rejeição do veto, sob o argumento que a matéria é importante para garantir a competitividade do leite produzido em Santa Catarina perante os estados vizinhos. Os representantes do setor voltaram a afirmar que a alíquota de 17%, proposta no item vetado, não implicará em aumento de preço do leite para o consumidor final.

A Secretaria de Estado da Fazenda (SEF), no entanto, discorda que a alíquota de 17% não vá impactar no preço final do leite. A secretária adjunta propôs a formação de um grupo de trabalho, integrado por técnicos da Fazenda, deputados e representante da indústria leiteira, para discutir a questão. No entanto, qualquer benefício fiscal à indústria só poderá ser concedido em 2023, já que a legislação veda esse tipo de iniciativa em ano eleitoral.

Os representantes da indústria vão apresentar até sexta-feira (8) um estudo com os impactos da reinclusão do leite na cesta básica para o setor. Eles reafirmaram que a cadeia produtiva leiteira catarinense enfrenta dificuldades que comprometem a sua sobrevivência, principalmente pela diferença tributária com o leite produzido no Paraná e no Rio Grande do Sul.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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