Preços ao produtor têm queda firme no mês, mas preços ao consumidor registram leve alta, impulsionados por passagem aérea e aluguel residencial
Inflação

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 1,04% em outubro deste ano, após recuar 0,90% no mês anterior. A inflação ficou ainda mais negativa devido aos combustíveis e ao leite, que continuaram apresentando taxas negativas.

Com o acréscimo deste resultado, o IGP-10 passou a acumular alta de 6,33% em 2022 e de 7,44% nos últimos 12 meses.

O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou o IGP-10 nesta terça-feira (18). O índice é responsável por reajustes de contratos de aluguel e planos e seguros de saúde e tarifas públicas, além de medir os preços no atacado.

O IGP-10 é formado por três índices: Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Em suma, eles respondem por 60%, 30% e 10% do indicador, respectivamente.

De acordo com a FGV, o IPA, que mede a variação dos preços no atacado, caiu 1,44% em outubro. “No IPA, as maiores contribuições para a queda do índice foram leite in natura (-7,21%) e óleo Diesel (-4,22%)”, explicou o coordenador dos índices de preços do Ibre/FGV, André Braz.

Por outro lado, o IPC subiu de -0,14% em setembro para 0,17% em outubro. Embora a taxa tenha ficado positiva, o resultado não foi mais expressivo devido à variação de combustíveis e leite, que também caíram no mês.

“Já no IPC, as quedas registradas para gasolina (-7,09%) e leite tipo longa vida (-11,36%) contiveram parcialmente o ritmo de aceleração do índice, que sob a influência do setor serviços, principalmente das passagens aéreas (+17,70%) e do aluguel residencial (+1,38%), volta a acelerar”, disse Braz.

Por fim, o INCC variou apenas 0,01% em outubro, mantendo-se praticamente estável em relação a setembro. Assim, exerceu uma influência quase nula na inflação deste mês.

Consumidores brasileiros têm se surpreendido com a alteração do nome do queijo nas embalagens. Essa mudança foi definida em um acordo entre União Europeia e Mercosul.

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