A suplementação de vacas Jersey é uma prática essencial para garantir sua saúde e produtividade, especialmente quando há dúvidas sobre o manejo ideal entre o pasto e a ração. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações.
O zootecnista Tiago Felipini, especialista em nutrição animal e consultor da Alcance Planejamento Rural, ofereceu dicas valiosas para o pecuarista Afonso Rodrigues, de Rondônia.
Afonso questionou sobre a estratégia de deixar as vacas Jersey no pasto durante o dia e fornecê-las ração à noite.
Estratégias de manejo para maximizar o uso do pasto
Segundo Felipini, a prática de deixar as vacas Jersey no pasto durante o dia e alimentá-las com ração à noite é viável e já é adotada com sucesso em sistemas de corte e cria, onde há pastagens irrigadas.
Essa estratégia pode aumentar o aproveitamento do pasto, mas também demanda uma gestão eficiente da mão de obra, uma vez que os animais devem ser movimentados para a área de descanso de forma consistente.
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Da mesma forma, a retirada deve ser realizada pontualmente às 6 horas da tarde para assegurar consistência no manejo e reduzir o estresse dos animais.
Dicas práticas para uma suplementação eficaz
Além do manejo de horários, Felipini destacou a importância de alguns aspectos práticos para otimizar a suplementação das vacas Jersey. Um deles é o dimensionamento adequado dos cochos de ração.
É fundamental que haja espaço suficiente para todas as vacas, idealmente entre 40 e 60 cm por animal, para evitar competição durante a alimentação e garantir que todos tenham acesso ao suplemento necessário.
A qualidade da água também é um fator crítico. Os bebedouros devem ser mantidos limpos, com água de alta qualidade, semelhante à que o produtor beberia.
Uma água limpa e fresca incentiva o consumo, melhora a saúde geral, aumenta a produção de leite e reduz a incidência de doenças no rebanho.
Considerações adicionais para o bem-estar animal
Outro ponto crucial mencionado por Felipini é o cuidado com o ambiente onde as vacas ficam durante a noite. É essencial evitar pisos molhados ou barrentos, que podem causar estresse nos animais.
Quando obrigadas a deitar na lama, as vacas não ruminam adequadamente, dormem pouco, ficam estressadas e cansadas, o que afeta negativamente o pastejo no dia seguinte.
A manutenção de um piso seco e confortável contribui significativamente para o bem-estar dos animais e, consequentemente, para a sua produtividade.