O produtor interessado em fazer corretagem de commodities que ligasse, em 2010, para o escritório dos primórdios da JPA Agro não sabia, mas era atendido em uma situação curiosa.

Do outro lado da linha, com o telefone nas mãos em Lavras (MG), Leandro Avelar atendia as ligações para tratar do aspecto comercial do negócio. Quando o assunto era financeiro, colocava a chamada no mudo, gritava pelo pai, com um toque de improvisação, transferia a conversa para o “setor responsável” — numa empresa que, na verdade, era tocada apenas pelos dois.

“Começamos no negativo, nem do zero foi, comigo e meu pai, dentro de uma salinha de casa, atuando com uma corretora de commodities agrícolas. Na época, compramos polpa cítrica, subproduto dos citros, e, com uma alta no preço do milho, o produto virou febre”, disse Avelar.