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9 maio 2025
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Empresa quer investir R$ 40 milhões apostando na demanda forte pelo produto.
Aposta da Lactalis para dobrar seu faturamento até 2030 está na agregação de valor aos cerca de 2,7 bilhões de litros de leite captados por ano — Foto: Globo Rural

A principal aposta da Lactalis para dobrar seu faturamento até 2030 está na agregação de valor aos cerca de 2,7 bilhões de litros de leite captados por ano, reduzindo a participação de itens considerados commodities, como o leite UHT e o leite em pó.

“Dentro do nosso portfólio existe uma parte de commodities muito grande, mas também possuímos produtos de valor agregado como iogurtes e queijos”, afirma o presidente da Lactalis nas Américas, Patrick Sauvageot.

Segundo o executivo, hoje o consumo per capita de queijo e iogurte está entre cinco e seis quilos por habitante ao ano no Brasil, mas há potencial para dobrar essa demanda.

De olho nisso, a empresa investirá 40 milhões para expandir sua produção de iogurtes em Araras (SP), operação adquirida da DPA Brasil. O valor está incluído nos R$ 2,7 bilhões aplicados desde que a empresa chegou ao país.

O plano é aumentar em quase 50% a capacidade de produção da fábrica e triplicar a de iogurtes naturais, compostos por apenas dois ingredientes: leite e fermento.

“É uma categoria que tem crescido bastante, mas que exige um investimento pesado pois o processo de produção precisa ser muito limpo”, observa o CEO da Lactalis no Brasil, Roosevelt Júnior.

A estratégia inclui ainda o lançamento de sobremesas lácteas prontas, que se enquadram na categoria de iogurtes, mas com crescimento acima da média, de 14,3%.

Por outro lado, a participação total desse segmento no mercado brasileiro é de 3% comparado a 20% na Europa, sinalizando o potencial de aumento da demanda nos próximos anos, segundo o CEO da operação brasileira.

De acordo com dados da Nielsen apresentados pela Lactalis ao Valor, o mercado brasileiro de iogurtes registrou seu primeiro crescimento em seis anos em 2024, com avanço de 8,6% em volume e de 16,3% em faturamento.

O resultado reflete o desempenho da própria companhia, que tem 40% desse mercado em volume e 46% em faturamento e registrou o dobro de crescimento no mesmo período.

Já em relação às vendas de leite UHT e leite em pó, o Brasil registrou queda de 0,7% e 14% em volume, respectivamente em 2024, mas com aumento do faturamento — o que pode ser lido como um efeito direto da inflação do período, segundo avaliação de Roosevelt Júnior.

“O iogurte, pela inovação e pela novidade que conseguimos trazer em categorias relevantes, conseguimos fazer a categoria crescer.

Mas para produtos básicos, onde está concentrado mais de 50% do consumo do leite, já começamos a ver a inflação batendo na porta e pressionando o tamanho da categoria”, conclui.

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