O setor lácteo brasileiro está em crise e precisa de políticas de crédito específicas para se recuperar. O setor é pulverizado, lastreado na agricultura familiar e de lidar com um item básico para a alimentação da população.
Apesar disso, o leite ainda não dispõe de linhas próprias dentro do Plano Safra nem verbas de investimento que estimulem a modernização no campo e na indústria.
O pedido por políticas de crédito específicas ganha eco em outros setores da cadeia da proteína animal. Recentemente, o diretor tesoureiro do Sindilat, Angelo Sartor, participou de uma audiência pública com o diretor de operações financeiras do BNDES, Alexandre Abreu, para discutir a liberação de R$ 2 bilhões em crédito específico ao segmento da proteína.
Adoção de políticas específicas é urgente para evitar colapso do setor
A principal preocupação do setor é que o aporte via BNDES demoraria um tempo que o setor lácteo não dispõe. Além do êxodo de muitos produtores da atividade, algumas indústrias já vêm apresentando alto endividamento. O setor clama por linhas de crédito mais baratas e que o governo, através de instituições como Banrisul, Bandesul e BRDE, refinancie as dívidas dos produtores e das indústrias de laticínios.
O assunto está no radar da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, pasta comandada pelo titular Ernani Polo. “Nós vamos seguir o nosso trabalho, nesse caminho que fizemos junto ao BNDES, com o Congresso Nacional e com os Ministérios da Agricultura e da Fazenda, ficando à disposição para articular junto à bancada federal do Rio Grande do Sul e à Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha para avançar no fortalecimento de uma via sustentável para esses setores”, salientou Polo.
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