As exportações lácteas do Paraguai fecharam novembro com US$ 56 milhões em vendas externas, segundo dados recentes divulgados pela imprensa local.
Esse valor representa uma queda significativa frente ao mesmo período do ano anterior, sinalizando uma desaceleração no ritmo de remessas do setor.
Apesar de o montante registrado até esse mês ainda ser relevante, o recuo evidencia desafios para a competitividade e a demanda externa num contexto volátil para o agronegócio regional. Furos na demanda global, variação cambial e custos de produção podem estar entre os fatores que contribuíram para o desempenho modesto em novembro.
Fontes ligadas ao setor apontaram que esse número representa uma redução de cerca de US$ 19 milhões em entrada de divisas, comparado com os valores apurados em novembro do ano anterior. Tal retração reforça o alerta sobre a capacidade do setor lácteo de manter suas exportações em níveis elevados neste final de ano.
Para analistas, o resultado configura uma espécie de “freada” momentânea: embora o setor tenha tradicionalmente se posicionado como exportador de destaque na região, esse ajuste sugere necessidade de reavaliação da estratégia de exportações, especialmente diante das mudanças de preço e demanda externa.
Mesmo com a queda, o montante de US$ 56 milhões não é desprezível: demonstra que o Paraguai continua inserido no circuito internacional de lácteos, embora com menor dinamismo recente. Porém, a redução chama atenção para os produtores e exportadores, que terão de lidar com pressão por maior eficiência e potencial reorientação de mercados.
Economistas ouvidos por veículos especializados ressaltam que o cenário global para produtos agropecuários está mais competitivo, e que os custos internos de produção, logística e câmbio acabam pesando frente aos concorrentes internacionais. Por isso, a queda nas exportações no fim de novembro poderia ser o sinal de um ajuste mais profundo — e talvez duradouro — no setor lácteo do país.
Além disso, fontes do setor advertem que os próximos meses serão determinantes: as exportações de dezembro terão impacto direto no balanço anual. Se o ritmo não se recuperar, o volume de divisas gerado pode ficar muito abaixo das expectativas iniciais.
Para produtores e autoridades paraguaias, o desafio agora será tentar retomar a regularidade nas exportações, possivelmente buscando novos mercados ou ajustando a estrutura de custos para tornar os produtos mais competitivos no mercado externo.
*Escrito para o eDairyNews, com informações de La Nación Py






