A mineira Verde Campo, de Lavras, focada em lácteos sem conservantes, corantes e aromas artificiais, pretende dobrar sua presença no País neste e no próximo ano. O plano é sair de 20 mil pontos de venda para 45 mil no fim de 2021 e 80 mil em 2022. No alvo estão padarias, mercearias e mercados do Sul e Sudeste, regiões onde já atua.
Arlindo Curzi, o CEO, diz que o avanço se dará em todas as classes sociais que demandam o tipo de produtos feitos pela Verde Campo, como iogurtes com proteína whey, probióticos e itens sem lactose. “Algumas linhas, como as de iogurte proteico e para crianças, sem conservantes e com baixo teor de açúcar, têm consumo alto também nas periferias. Nossa estratégia inclui ir até esses clientes.” A empresa foi a primeira a lançar iogurte zero lactose no País, em 2011.
Desde 2016, quando a Coca-Cola comprou a Verde Campo, o laticínio já investiu cerca de R$ 80 milhões em aumento da capacidade produtiva, automação da fábrica de iogurtes e de queijo cottage e tecnologia para retirar conservantes dos produtos. Se antes recebia até 150 mil litros de leite/dia, hoje pode alcançar 300 mil. Cem produtores altamente tecnificados fornecem a matéria-prima para a companhia.
No primeiro trimestre, a Verde Campo lançou 15 produtos, entre eles novos sabores de iogurtes proteicos e a manteiga sem lactose. No fim do ano passado, foi a linha “kids”. Com a diversificação da oferta e expansão física, Curzi espera um aumento de 30% do faturamento neste ano e nos próximos até 2025, o que duplicaria a receita atual. A empresa não revela o número, mas Curzi diz que é abaixo de R$ 500 milhões.