O Laticínio Piquiá, localizado na Vila Sororó, a 35 quilômetros de Marabá, pretende potencializar a produção de leite na região, atendendo em média 350 pequenos produtores rurais e irá gerar cerca de 40 empregos diretos e mais de 100 indiretos.
Idealizado por uma cooperativa que existia em 2006 e que depois foi dissolvida, o laticínio agora está sendo finalizado com outra cooperativa situada na localidade de Lajedo.
Idealizado por uma cooperativa que existia em 2006 e que depois foi dissolvida, o laticínio agora está sendo finalizado com outra cooperativa situada na localidade de Lajedo.

A produção diária será de cerca de 10 mil litros de leite por dia que serão utilizados para produção de queijo e outros produtos derivados do leite. A previsão é que a inauguração do laticínio aconteça ainda este mês.

Segundo o Secretário Adjunto da Secretaria de Agricultura (Seagri), Marcos Paulo Eleres, a obra tem grande importância para a economia da região.

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Marcos Paulo Eleres, Secretário Adjunto da Seagri

“Ali perto do Lajedo, do Cedrinho, nós temos diversos produtores que têm uma cadeia leiteira já consolidada e a prefeitura de Marabá tem investido muito nessa questão do sistema de irrigação, do pastejo rotacionado, estamos com um projeto de inseminação artificial. É uma região em que a cadeia leiteira está muito forte e esse laticínio vem para consolidar cada vez mais”, destaca.

Marcos ainda informa que todo o produto que será fornecido ao laticínio através das associações e cooperativas será também destinado para a merenda escolar. “É um ciclo que se fecha. O produtor produz o leite, leva para o laticínio, onde produz o queijo, o iogurte, o próprio leite, depois estaremos comercializando na zona rural e urbana e levando para as escolas em parceria com a Semed. Com isso, o município de Marabá vai crescendo cada vez mais”, pontua.

O prédio conta com três blocos, sendo o principal com plataforma de recepção de matéria prima com dois tanques que comportam 15 mil litros de leite, dois laboratórios, sala de pasteurização, sala de fabricação de queijo, sala de embalagem e sala de estocagem. O segundo bloco contém escritório, banheiros, vestiários femininos e masculinos, cantina e lavanderia. Há também um bloco exclusivo para o depósito.

Para fazer o tratamento da água e efluentes gerados no laticínio, foram construídos dois tanques, sendo o maior com uma dimensão de 25 x 15 e com uma profundidade de 5 metros e o menor com uma dimensão de 5 x 5. Receberam uma manta especial para evitar que os resíduos possam atingir a camada do solo.

Diversas adequações tiveram que ser feitas na retomada da obra, de acordo com Odilon Soares, coordenador do Departamento de Defesa Agropecuária (Defaz) e Serviço de Inspeção Municipal (SIM).

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Odilon Soares, coordenador do Defaz e SIM

“Nós adequamos a estrutura anterior à legislação atual para comportar essa produção de queijo dentro da normativa atual. Fizemos a divisão e carimbagem de embalagem, adequamos a câmara de salga, enfim, fizemos uma série de adequações para atender à legislação vigente”.

Idealizado por uma cooperativa que existia em 2006 e que depois foi dissolvida, o laticínio agora está sendo finalizado com outra cooperativa situada na localidade de Lajedo. “Eles se organizam para fazer a entrega desse leite ao laticínio. Muitos produtos de laticínio hoje vêm de fora e nós temos a possibilidade e oportunidade de fazer aqui dentro de casa”, explica Odilon.

O líder comunitário e administrador regional, Antônio Filho, o Toninho, afirma que ver o laticínio pronto é um sonho que vem desde a época de seu pai.

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Líder comunitário e administrador regional, Antônio Filho (Toninho)

“A obra finalizada é um sonho antigo nosso e vai abranger essa região. Os produtores dessa região lutaram demais por essa obra e vai ser de grande importância. Para mim é uma felicidade e ainda mais porque sou filho de um dos fundadores. Estamos realizando um sonho da comunidade, colocando para funcionar. Vai gerar emprego para nossa região e mais renda pra nossos produtores”, explana.

Toninho ainda enaltece o trabalho da Secretaria de Agricultura. “Depois que o Marcos Paulo e a Seagri assumiram a obra, nesses dois anos e meio tivemos um grande avanço. Antes o laticínio não tinha acabamento e depois que ele assumiu, fizemos o muro para contenção de gado, colocação de telhado, tanques para tratamento dos resíduos, foi colocado todo o maquinário”, finaliza.

Texto: Fabiana Alves
Fotos: Sara Lopes

O setor de alimentos e bebidas possui 59 empresas entre as 1000 maiores do país.

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