Valorização está relacionada ao forte aumento do custo de produção por conta da forte estiagem sofrida no Brasil.
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Foto: Arquivo/OP Rural

De acordo com dados divulgados pelo Cepea-Esalq, o preço do leite sofreu um aumento no mês passado, destaque para as praças paulistas que reportaram uma valorização de 21,2% no preço médio pago ao produtor. O movimento de alta no mercado, por outro lado, não é uma grande surpresa para o pecuarista. Desde fevereiro, em praticamente todas as praças, o indicador vem fechando com seguidas valorizações, mas não se via um reajuste acima de 10% em nenhuma das praças desde o mês de abril.

Com a forte valorização, o valor pago ao produtor nas praças de São Paulo, Minas Gerais e média nacional fechou acima de  R$ 3 por litro.

No mercado spot, o produto também apresentou forte alta no mês de julho. As praças paulistas reportaram um aumento de 18,6%, fechando o mês cotado a R$ 4,59 por litro.

Já para o Estado de Minas Gerais o aumento foi ainda maior, 19,5%, encerrando o mês em R$ 4,54 por litro.

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Gabriel Zylberlicht, da Inteligência de Mercado da Nutricorp – Foto: Divulgação/Nutricorp 

“Boa parte dessa valorização está relacionada ao forte aumento do custo de produção por conta da forte estiagem sofrida no Brasil, principalmente nos polos de produção ao Sul do país. A seca prejudicou não somente a quantidade, mas também a qualidade da forragem e grãos ofertados aos animais”, analisa Gabriel Zylberlicht, da Inteligência de Mercado da Nutricorp.

Em decorrência da escassez de alimentos, alguns pecuaristas se viram em achatamento. “Em alguns casos, a inexistência de margens ocasionou desde a redução na implantação de novas tecnologias na fazenda quanto a paralisação total da produção, causada principalmente pela inviabilidade financeira da operação”, expõe Zylberlicht.

Infelizmente os sinais de mares mais calmos no curto prazo ainda são difíceis de se enxergar. Apesar da redução no custo do milho ainda existe muita incerteza em como este grão será comercializado, principalmente em termos da quantidade que será destinada ao mercado externo. “O sucesso financeiro da produção não deve encontrar outro caminho que não seja o repasse desse custo por toda cadeia de produção, chegando ao aumento de preço dos derivados comercializados no varejo”, considera Zylberlicht.

 

Consumidores brasileiros têm se surpreendido com a alteração do nome do queijo nas embalagens. Essa mudança foi definida em um acordo entre União Europeia e Mercosul.

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