ESPMEXENGBRAIND
13 jul 2025
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🥛 A introdução do leite de vaca a partir de 1 ano é essencial para garantir cálcio e apoiar o desenvolvimento saudável do bebê.
O papel do leite na alimentação complementar infantil
O papel do leite na alimentação complementar infantil.

A introdução adequada de alimentos além do leite materno é um passo essencial no desenvolvimento das crianças. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a alimentação complementar deve iniciar quando o leite materno sozinho já não supre todas as necessidades nutricionais do bebê — algo que geralmente ocorre por volta dos 6 meses de vida.

Esse processo, que marca a transição da amamentação exclusiva para a alimentação familiar, é crucial tanto do ponto de vista nutricional quanto do desenvolvimento motor e social da criança.

Leite de vaca: quando entra na dieta?

Embora o leite materno continue sendo recomendado até pelo menos os 2 anos de idade, a partir dos 12 meses o leite de vaca integral pode e deve ser incluído como uma importante fonte de cálcio. Antes disso, sua introdução não é indicada, pois pode sobrecarregar os rins do bebê, além de aumentar o risco de anemia por deficiência de ferro.

A recomendação geral é de 500 a 1000 ml diários de leite ou derivados lácteos, a depender da idade da criança, segundo referências como o Hospital Universitário Materno-Infantil de Las Palmas de Gran Canaria. Essa quantidade cobre as Ingestas Diárias Recomendadas (IDR) de cálcio — mineral fundamental para a formação óssea, dentição e diversas funções metabólicas.

Lácteos: mais que leite

A partir dos 6 meses, o bebê pode começar a consumir iogurtes elaborados com fórmulas infantis. Já entre os 9 e 10 meses, é possível oferecer iogurtes naturais feitos com leite integral de vaca, em pequenas porções. Também é permitido utilizar o leite de vaca em preparações culinárias, como cremes e purês, sempre de forma moderada e sem substituir o leite materno como fonte principal de nutrição nessa fase.

Por que é necessário complementar?

Entre os 6 e 24 meses, o bebê passa por um intenso processo de crescimento físico e cerebral. A demanda energética e nutricional aumenta substancialmente, tornando a amamentação exclusiva insuficiente para garantir o desenvolvimento ideal.

Diversos estudos destacam que a introdução tardia ou inadequada de alimentos complementares pode resultar em desnutrição — uma condição crítica que afeta o crescimento, o sistema imunológico e até o desempenho cognitivo futuro da criança.

A Sociedade Europeia de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica (ESPGHAN) reforça a importância de diversificar os alimentos entre os 6 e 24 meses, incluindo frutas, verduras, proteínas animais e, sim, laticínios — que são aliados valiosos na construção de hábitos alimentares saudáveis.

Introdução com responsabilidade

Cada bebê é único, e a introdução de novos alimentos deve considerar fatores como a maturidade digestiva, habilidades motoras e até aspectos culturais e familiares. No entanto, respeitar a cronologia de introdução e não antecipar o uso do leite de vaca é essencial para evitar riscos nutricionais.

Por isso, a recomendação é clara: leite de vaca, só depois de 1 ano, como parte de uma dieta equilibrada que continue incluindo o leite materno ou fórmula infantil adequada até pelo menos os 2 anos de idade.

Conclusão

A alimentação complementar bem conduzida é uma ponte segura entre o aleitamento exclusivo e a dieta da família. Dentro dela, o leite de vaca tem papel de destaque a partir dos 12 meses, oferecendo cálcio, proteína e outros nutrientes fundamentais para o crescimento saudável.

Mais do que simplesmente alimentar, trata-se de nutrir com consciência e ciência, respeitando os tempos do corpo infantil e garantindo uma base sólida para a saúde futura.

Fontes confiáveis citadas no texto original:

  • WHO (2002). Complementary Feeding – Report of the Global Consultation.
  • ESPGHAN Committee on Nutrition (2017).
  • Base de dados BEDCA sobre composição de alimentos.
  • Sociedad Española de Pediatría Extrahospitalaria y Atención Primaria (Sepeap).

 

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Leche Pascual

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