ESPMEXENGBRAIND
10 dez 2025
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Com rentabilidade em alta 📈, o setor leiteiro novamente lidera os resultados CREA, impulsionado por mais produção e preços considerados atrativos.
A rentabilidade do leite 🐄 cresceu 38% no último exercício e reforça o protagonismo do setor dentro do agro uruguaio, de acordo com a Fucrea.
A rentabilidade do leite 🐄 cresceu 38% no último exercício e reforça o protagonismo do setor dentro do agro uruguaio, de acordo com a Fucrea.

A rentabilidade voltou a colocar a leiteria no topo do desempenho econômico do agro uruguaio no exercício 2024/25, segundo os resultados divulgados pelos Grupos CREA e apresentados pela Fucrea.

A nova radiografia confirma a retomada do vigor do setor, impulsionada por uma combinação de preços considerados favoráveis e um forte crescimento no volume produzido, conforme destacou o coordenador geral da Fucrea, o engenheiro agrônomo Martín Aguirrezabala.

Durante a apresentação, Aguirrezabala contextualizou que a leiteria alcançou uma rentabilidade média de 5,21%, o que representa um avanço de 38% em relação ao exercício anterior. O Produto Bruto por hectare ficou em US$/ha 2.959, superando amplamente os demais sistemas analisados pela plataforma de gestão e comparação produtiva dos CREA. O técnico descreveu que, apesar dos custos elevados — especialmente em insumos, que atingiram US$/ha 2.365 —, a capacidade do leite de gerar volume, eficiência operacional e valor agregado sustentou um desempenho superior ao das demais cadeias.

A análise da Fucrea mostrou que o ingresso de capital em sistemas leiteiros fechou o exercício em US$/ha 596, acima dos sistemas agrícola-pecuários e puramente pecuários. Segundo Aguirrezabala, trata-se de um resultado que “colhe o esforço acumulado” de anos de ajustes, intensificação e investimentos, que permitiram ao setor enfrentar melhor os momentos de pressão de custos. Ele observou ainda que os preços, embora voláteis, permaneceram em patamares que favoreceram margens positivas, além de sinalizar perspectivas de melhoria para o exercício 2025/26.

No comparativo com os sistemas agrícola-pecuários, o relatório destacou que essa categoria registrou rentabilidade média de 4%, com um Produto Bruto de US$/ha 1.068. Embora os rendimentos do inverno tenham sido “muito bons”, de acordo com a leitura apresentada, os preços limitados dificultaram uma expansão maior da margem. A Fucrea observou que a semeadura antecipada de verão coloca pressão sobre os produtores, que precisarão de altos rendimentos para consolidar um bom desempenho no exercício em andamento. O ingresso de capital nesse segmento mostrou grande variabilidade, oscilando entre US$/ha –11 e US$/ha 793, reflexo de diferenças climáticas, estruturais e de manejo.

No caso da pecuária, os Grupos CREA registraram rentabilidade de 2,76%, com incremento de 48% sobre o exercício anterior. A primavera foi classificada como “excelente”, ajudando a impulsionar produtividade e preços considerados “muito interessantes”. Ainda assim, Aguirrezabala advertiu que permanece em aberto a dúvida sobre a sustentabilidade dos valores observados, especialmente ao longo do exercício 2025/26. A amplitude do ingresso de capital também chamou atenção: os sistemas pecuários oscilaram entre US$/ha –23 e US$/ha 392, ilustrando disparidades significativas entre propriedades, influenciadas pela carga animal, eficiência reprodutiva e estratégias de manejo.

O relatório ainda registrou mudanças institucionais relevantes. Nesta terça-feira, Horacio Negrín assumiu a presidência da Fucrea para o período 2025–26, substituindo o engenheiro agrônomo Pablo Sánchez. Produtor leiteiro e membro da Comissão Setorial Leiteira dos Grupos CREA, Negrín chega ao cargo com histórico vinculado ao desenvolvimento do setor e à defesa de práticas de gestão que elevem a competitividade dos sistemas produtivos.

Em síntese, os resultados do exercício 2024/25 reafirmam a liderança da leiteria dentro do agro uruguaio, sustentada por sua capacidade de transformação, intensidade produtiva e resposta aos sinais de mercado. A combinação entre bons rendimentos, preços que mantiveram interesse e capitalização positiva coloca o setor em posição estratégica para o próximo ciclo, ainda que persistam desafios relacionados a custos e volatilidade global.

*Escrito para o eDairyNews, com informações de Tardáguila

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