O leite é uma das bebidas mais consumidas do mundo e está profundamente integrado à rotina alimentar de milhões de pessoas.
Presente no café, no chá, nos cereais e em inúmeros produtos do dia a dia, o leite costuma ser associado à nutrição, à infância e à normalidade doméstica. No entanto, em alguns episódios raros, ele ultrapassa esse papel tradicional e passa a ocupar um lugar completamente inesperado.
Foi exatamente isso que ocorreu em outubro de 2014, na cidade de Darmstadt, na Alemanha, quando um caso tão estranho quanto desconcertante chamou a atenção da polícia local. O episódio entrou para o registro de ocorrências mais bizarras envolvendo crimes de pequeno porte e rapidamente ganhou notoriedade pelo método utilizado.
Segundo o relato das autoridades, uma mulher entrou em uma farmácia da cidade com um pedido aparentemente comum: a compra de uma bomba de extração de leite materno. O produto tinha o valor aproximado de 20 euros. Para efetuar o pagamento, a cliente entregou um bilhete de 200 euros, o que exigia o retorno de 180 euros em troco.
Até esse ponto, a operação seguia dentro da normalidade. No entanto, enquanto o funcionário do caixa se preparava para devolver o dinheiro, a mulher adotou uma atitude completamente inesperada. Ela descobriu um dos seios e, usando os próprios dedos, começou a esguichar leite materno diretamente no rosto do atendente.
De acordo com o porta-voz da polícia, Ferdinand Derigs, a mulher “lançou um jato de leite no rosto do funcionário”, criando uma situação de choque, confusão e constrangimento imediato. O ataque inesperado interrompeu qualquer reação racional por parte da vítima, que ficou momentaneamente incapacitada de compreender o que estava acontecendo.
A ação não se limitou a um único funcionário. Em seguida, a mulher deslocou-se até um segundo caixa da farmácia e repetiu o gesto, lançando novamente um jato de leite materno no rosto de outro empregado. A cena, descrita pelas autoridades como caótica e surreal, deixou o ambiente completamente desorganizado.
Após os ataques, a mulher passou a circular pela loja de maneira desorientada, aparentando confusão, ainda com o seio exposto. Esse comportamento contribuiu para prolongar a distração dos funcionários e dificultar uma reação imediata por parte da equipe da farmácia.
Somente depois que a mulher foi retirada à força do estabelecimento, ainda parcialmente despida, é que os funcionários perceberam que algo mais havia ocorrido. Ao conferir o caixa, foi constatado o desaparecimento de 100 euros de uma das registradoras.
A polícia concluiu que o uso do leite materno não foi um ato aleatório, mas sim uma estratégia deliberada de distração para facilitar o furto. O método, embora extremamente incomum, mostrou-se eficaz naquele momento ao explorar o fator surpresa e o constrangimento social.
As autoridades alemãs passaram a se referir à suspeita como a “Milk Sprayer”, ou “rociadora de leite”, denominação que rapidamente ganhou espaço na imprensa local. Até o momento do registro do caso, não havia informações sobre a identificação ou prisão da autora do crime.
O episódio se tornou um exemplo extremo de como situações inesperadas podem ser utilizadas para desestabilizar pessoas e ambientes, abrindo brechas para a prática de delitos. Também reforçou que, mesmo em locais associados à rotina e à previsibilidade, como farmácias, a criatividade criminosa pode assumir formas difíceis de antecipar.
Nesse caso, a expressão popular “Got Milk?” ganhou um significado literal e perturbador, transformando um símbolo cotidiano de alimentação em um instrumento de distração que poucos esqueceriam.
*Escrito para o eDairyNews, com informações de Oddee






