Benedito Rosa faz uma análise do cenário atual da cadeia leiteira, que pode enfrentar nova queda de preços com o fim do auxílio emergencial

Benedito Rosa faz uma análise do cenário atual da cadeia leiteira, que pode enfrentar nova queda de preços com o fim do auxílio emergencial

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço do leite pago aos produtores em janeiro de 2021 registrou queda de 4,3% na média brasileira líquida e atingiu R$ 2,03 por litro. Mesmo assim, o valor é 42,6% maior que o registrado em janeiro de 2020 e representa um novo recorde para o mês.

Para o comentarista Benedito Rosa, não basta que o preço seja atrativo neste mercado e sim que custos de produção também sejam compatíveis com a atividade para sobrar uma margem ao produtor. “O preço do leite foi 43% superior ao do ano passado, mas o custo de produção subiu muito. Eu, pessoalmente, pagava R$ 49 em um saco de ração e, agora, estou pagando R$ 98”, disse o comentarista, que também é produtor.

“O que nos preocupa muito é que estamos mesmo estando em um período que se arrefece a demanda, o  cenário não é otimista, pois deve-se encerrar o auxílio emergencial e ainda temos o aumento das importações, na ordem de 1 bilhão de litros ao ano, o que faz com que as indústrias montem estoques para derrubar o preço”, completou.

Segundo Benedito, a volta das aulas presenciais podem amenizar um pouco a situação, mas não deve ser o suficiente para recuperar os preços nas próximas semanas e meses. “Muitas famílias dependem dessa produção e é muito difícil ver o produtor abandonar a atividade porque está no vermelho”, lamentou.

A companhia tem a meta de dobrar seu faturamento em cinco anos e se estabelecer como uma das principais empresas de nutrição do país.

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