Agricultores exigem subida e garantem que, se não acontecer, muitos não vão aguentar.
Foto: Fernando Pereira/Global Imagens

“O leite já subiu ao consumidor, falta chegar o aumento ao produtor”. Quem o diz é a Aprolep. A Associação dos Produtores de Leite de Portugal lembra que, em Portugal, os produtores continuam a receber o leite seis cêntimos abaixo da média comunitária – a 32 cêntimos por litro – e não irão conseguir pagar custos de produção que deverão atingir os 40 cêntimos por litro já em janeiro.

As denúncias da Aprolep começaram no início de 2021: custos de produção a aumentar, preço ao produtor que teima em não subir. Fizeram manifestações, ações de protesto e, “mais discretamente”, procuraram o diálogo com as cadeias de supermercados e com a APED – Associação das Empresas de Distribuição.

Quase um ano volvido, a luta começa “a dar frutos”: o preço do leite subiu, mas só para o consumidor.

“O leite e os produtos lácteos estão mais valorizados e as promoções são menos radicais. O consumidor está a pagar um pouco mais, mas é urgente que esse valor chegue ao produtor. Desafiamos a senhora ministra da Agricultura a fazer alguma coisa pelo setor e perguntar à distribuição e à indústria quando vão passar esse valor para o produtor”, frisa, em comunicado, a Aprolep, que aguarda, agora, uma reunião já marcada com a ANIL – Associação dos Industriais de Laticínios.

Os produtores lembram que, com a entrada em 2022, virão novos aumentos e dizem que “não há mais tempo para desculpas e atrasos”, sob pena de dezenas de vacarias terem que fechar as portas.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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