Estudo comprova que o aumento do volume de leite fornecido às bezerras tem impacto positivo no desenvolvimento e produção das futuras vacas leiteiras.
Produção e longevidade das vacas leiteiras estão associadas à nutrição na fase de aleitamento

Pesquisa conduzida na Holanda comprovou que há uma correlação direta entre o volume de leite fornecido às bezerras e o seu desempenho e metabolismo. “As fêmeas bem alimentadas na fase de aleitamento produzem mais leite e são mais longevas em relação àquelas que receberam o alimento de forma restritiva”, explica Leonel Leal, pesquisador da Trouw Nutrition.

Participaram do experimento 86 bezerras da raça Holandesa, divididas em dois grupos. Elas receberam o mesmo volume de colostro, tinham acesso livre à água e, a partir do quarto dia, a concentrado inicial e feno. A única diferença foi o volume de sucedâneo lácteo fornecido – enquanto o grupo controle recebeu quatro litros por dia, o grupo LifeStart recebeu oito litros. Todas as bezerras foram desaleitadas aos 56 dias, explica o pesquisador em nutrição animal.

As bezerras submetidas ao plano alimentar elevado apresentaram maior ganho médio diário, com 10,5 kg de diferença de peso ao desaleitamento. Todas foram transferidas para alojamentos compartilhados aos 70 dias e, quando atingiram peso corporal de 390 kg, foram inseminadas. Após o parto, os animais foram alimentados de acordo com dieta estrategicamente formulada para o experimento.

Os resultados mostram que as vacas distribuíram de forma diferente a energia entre as reservas corporais e a produção de leite. “As fêmeas alimentadas com maior quantidade de sucedâneo produziram um maior teor de gordura no leite, nas duas primeiras lactações, além de o grupo apresentar a maior taxa de sobrevivência registrada nas três primeiras lactações. Essa relação pode resultar do metabolismo energético aprimorado, uma vez que o metabolismo da gordura no início da lactação é um dos principais aspectos associados à saúde e longevidade das vacas”, detalha Leal.

O pesquisador reforça que no período crítico do início da vida a nutrição e outros fatores ambientais são responsáveis por ‘moldar a vida futura’ do animal. No estudo, o desempenho na lactação foi significativamente afetado pela nutrição recebida no início da vida do animal. “As novilhas representam o futuro das propriedades leiteiras. Portanto, apostar alto no desempenho de animais saudáveis e resilientes é a melhor estratégia para produzir leite com eficiência e ter sustentabilidade na atividade”, conclui.

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