Imagine um país onde se joga leite fora. Parece loucura, certo? Pois é exatamente isso que está acontecendo no Canadá.
Parece inacreditável, mas o governo prefere que se perca alimento do que flexibilizar as regras. Canada
Parece inacreditável, mas o governo prefere que se perca alimento do que flexibilizar as regras.

Imagine um país onde se joga leite fora. Parece loucura, certo? Pois é exatamente isso que está acontecendo no Canadá. E não pense que é porque o leite estragou ou que não há demanda. Muito pelo contrário! O problema está nas regras malucas de controle de produção e preços, desenhadas para proteger o mercado interno. Mas vamos por partes, porque, para nós do Brasil, isso soa quase como um roteiro de filme de comédia.

Como o Canadá Chegou a Esse Ponto?

No Canadá, o sistema de “Supply Management” regula toda a produção de leite, ovos e frango. Em teoria, isso deveria garantir que os produtores tivessem uma renda estável, limitando o quanto podem produzir e fixando preços. Mas a realidade não é tão simples. Este sistema foi criado para evitar desperdício e equilibrar o mercado, só que o resultado é oposto: produtores são obrigados a derramar litros de leite pelo ralo quando produzem mais do que o permitido, mesmo com supermercados pedindo mais leite nas prateleiras. Um paradoxo completo!

 

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A regulamentação é tão rígida que, se uma fazenda ultrapassa sua cota de produção, não há outra saída a não ser jogar fora o excedente. Parece inacreditável, mas o governo prefere que se perca alimento do que flexibilizar as regras.

O Impacto para Produtores e Consumidores

Para os produtores, o sistema de cotas do Canadá traz um sentimento agridoce. Eles têm a garantia de um preço fixo e previsibilidade, mas à custa de sua liberdade de produção. Em tempos de alta demanda, os produtores não podem aumentar a oferta para satisfazer o mercado; já em tempos de baixa, são forçados a seguir produzindo, o que leva a um ciclo de desperdício.

Para o consumidor, a história é ainda mais frustrante. O leite canadense é caro, o que força muitos a comprar alternativas mais acessíveis. Para nós brasileiros, que estamos acostumados a ver o mercado respondendo à demanda, essa situação parece surreal.

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E se você acha que importar mais leite seria uma solução óbvia, aí vem mais uma loucura canadense: o país impõe taxas elevadíssimas sobre lácteos importados para proteger o mercado doméstico. Ou seja, o consumidor paga caro pelo leite nacional e também pelas importações, criando uma situação em que todo mundo perde.

Há Solução Para Esse Caos?

Então, como resolver essa bagunça? A primeira coisa seria flexibilizar o sistema de “Supply Management”. Permitir que os produtores possam responder à demanda de maneira mais dinâmica seria um passo óbvio. Com menos restrições, o Canadá poderia manter um nível de produção mais alinhado às necessidades do mercado, sem precisar derramar litros e mais litros de leite.

Outro ponto seria revisar as tarifas de importação. É compreensível que o país queira proteger seus produtores, mas essa proteção não deveria vir à custa do desperdício e dos altos preços ao consumidor. Reduzir essas taxas poderia trazer uma variedade de produtos e aliviar o bolso dos consumidores.

Finalmente, a transparência nas práticas regulatórias seria fundamental. No fim das contas, sistemas muito rígidos só favorecem um mercado fechado, onde quem realmente sofre é o consumidor final.

 

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Um Paradoxo Para o Brasil?

É fácil achar essa situação absurda, mas será que estamos tão distantes disso? No Brasil, nossos desafios são outros – como o alto custo de produção, impostos e a burocracia que sufoca o setor produtivo. Porém, é bom olharmos para o exemplo canadense e refletirmos sobre as consequências de políticas rígidas demais. Afinal, ninguém quer ver leite sendo jogado fora enquanto famílias lutam para colocar alimento na mesa.

A situação do leite no Canadá é um verdadeiro disparate, uma loucura sem tamanho. Um sistema que deveria proteger os produtores acabou se tornando uma armadilha, e o resultado é um ciclo de desperdício e preços altos. 

É difícil não pensar em como essa política vai contra a lógica de qualquer mercado saudável. A lição que fica para o Brasil é simples: devemos evitar a rigidez e dar espaço para que o setor lácteo possa responder às mudanças de demanda. Afinal, em um mundo onde cada gota de leite conta, derramar litros e litros por pura burocracia é algo que não deveria fazer sentido para ninguém.

 

Valéria Hamann

EDAIRYNEWS

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