Apenas 10% do leite entregue no mês pela fazenda é pago por sólidos. O percentual restante, de 90%, continua pela faixa de volume.
Os sólidos são o somatório de gordura e proteína que são contabilizados por kg.
Os sólidos são o somatório de gordura e proteína que são contabilizados por kg.
No início de 2022, a CCGL, em conjunto com as cooperativas associadas, lançou o programa Mais Sólidos Maior Valor, como novo sistema de precificação, considerando não só o volume, mas também os sólidos (gordura + proteína) entregues pela fazenda.

Os sólidos são o somatório de gordura e proteína que são contabilizados por kg. Como ainda é algo novo para os produtores e também para os técnicos de campo, começou com uma porcentagem pequena: apenas 10% do leite entregue no mês pela fazenda é pago por sólidos.

O percentual restante, de 90%, continua pela faixa de volume. Neste ano, a previsão é que o percentual pago por sólidos seja de 20% e continue subindo gradualmente, mudando a forma de pagamento de R$/litro para R$/kg de sólidos.

Essa forma de precificação por qualidade de leite é algo que vem se pensando a muito tempo e tem por alguns objetivos uma diminuição no custo logístico da indústria, um ganho no rendimento industrial, maior durabilidade do produto final na prateleira, e também valorizar mais o valor do leite pago para o produtor que sempre buscou qualidade, nutrição, melhoramento genético e sanidade do rebanho.

Para conseguirmos um leite com maior teor de sólidos e uma CCS (contagem de células somáticas) dentro da normalidade, que se enquadre na normativa IN 76 e 77 cobrada pelo Ministério da Agricultura com valores abaixo de 500.000 células/ml, existem alguns fatores que são de muita importância para se levar em conta dentro de uma fazenda leiteira. Confira os mais relevantes

  • Genética:

O fator genético do rebanho causa uma variação de 55% da composição do leite devido a hereditariedade dos animais que compõem a fazenda, sendo assim um fator de muita importância. Os 45% restantes é onde podemos trabalhar para atingir nossos objetivos.

  • Ambiente:

Consideramos também o fator ambiente como um dos principais, estando diretamente ligado a stress calórico sofrido pelos animais. Temos mais dificuldade de minimizar esses efeitos negativos no verão, com altas temperaturas.

Os animais que estão em stress calórico diminuem seu consumo de alimento, causando uma menor contração ruminal, reduzindo sua ruminação. Consequentemente, ocorrem distúrbios metabólicos diminuindo a produção de sólidos e também de leite.

Para minimizar o stress calórico, pode ser feito um sistema de resfriamento das vacas com o uso de aspersão e ventilação, colocar os animais em locais frescos e sombreados nas horas mais quentes do dia, podendo utilizar sombrite para fazer sombra, e sempre ter disponibilidade de água aonde os animais permanecem.

  • Nutrição:

Outro fator que influencia no teor de sólidos no leite é a nutrição, que está diretamente ligada com os demais fatores acima.

Uma boa nutrição faz com que os animais respondam positivamente em produção de leite, com gordura e proteína em teores elevados. É de extrema importância saber quais ingredientes compõem a dieta e sua composição bromatológica para conseguirmos fazer ajustes necessários e poder expressar o máximo potencial do rebanho.

A gordura é um fator que pode variar muito, quando a dieta não está adequada, podemos citar excesso de óleo na dieta, excesso de monensina e também falta de fibra como alguns fatores que podem afetar negativamente a produção de gordura no leite.

  • Sanidade Animal:

Não podemos deixar de mencionar a CCS (Contagem de Células Somáticas), que está diretamente ligada a saúde da glândula mamária com um bom manejo de ordenha e do ambiente onde os animais se encontram.

Um rebanho com índices CCS elevados tem uma menor produção de leite, menor produção de sólidos no leite e também podem ocasionar problemas reprodutivos, levando a grandes perdas dentro das fazendas.

A Cotribá vem trabalhando juntamente com a CCGL e o seu corpo técnico para atender seu cooperado e levar as melhores soluções, pensando sempre em ajudar o produtor a ter animais com mais sanidade, maior produção de leite e sólidos e também que seja um negócio rentável para sua propriedade.

Vale a pena lembrar que esse programa foi criado para que possamos valorizar o produtor e não o prejudicar. Nós, do corpo técnico da produção animal da Cotribá, estamos a disposição para ajudar, esclarecer dúvidas e ajudar a tornar a nossa atividade de leiteira mais rentável e sustentável.

 

 

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A partir de segunda-feira, 18 de novembro, agricultores se mobilizam contra o acordo de livre-comércio entre a Europa e cinco países da América Latina, rejeitado pela França. François-Xavier Huard, CEO da Federação Nacional da Indústria de Laticínios (FNIL), explica a Capital as razões pelas quais o projeto enfrenta obstáculos.

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