ESPMEXENGBRAIND
7 ago 2025
ESPMEXENGBRAIND
7 ago 2025
Mesmo com estabilidade nas últimas rodadas, a manteiga mantém a maior cotação entre os lácteos no GDT. Volume negociado cresce 52% e revela sinais de recuperação.
A manteiga continua liderando as cotações das commodities lácteas no Global Dairy Trade (GDT)
A manteiga continua liderando as cotações das commodities lácteas no Global Dairy Trade (GDT)

A manteiga continua liderando as cotações das commodities lácteas no Global Dairy Trade (GDT), e no evento 385 — realizado em 5 de agosto de 2025 — voltou a mostrar sua força, mesmo sem registrar alta de preço pela terceira rodada consecutiva.

Ainda assim, mantém o posto de produto mais valorizado da plataforma e aponta uma tendência firme no cenário global.

O evento trouxe bons indicadores para o setor. O volume de produtos negociados aumentou 52% em relação ao GDT 384, superando em 3% o volume do mesmo período de 2024 e atingindo o maior patamar desde outubro do ano passado.

Índice GDT sobe, mas preço médio recua

O Índice GDT registrou um leve aumento de 0,7%, passando de 1.259 para 1.268 pontos. No entanto, o preço médio caiu 3% em relação ao evento anterior, fechando a US$ 4.249 por tonelada. Apesar da queda, o valor ainda é 15% superior ao de agosto de 2024, sendo o mais alto para esta época do ano.

Leites em pó reagem após quedas

Depois de quatro rodadas consecutivas de baixa, os leites em pó — tanto o integral (WMP) quanto o desnatado (SMP) — registraram sua segunda alta seguida.

O WMP alcançou sua maior cotação para um início de agosto desde 2016, encerrando o evento com valorização anual de 23%.

Já o SMP, com comportamento mais estável, segue subindo em direção aos níveis vistos em 2021 e 2022. Entre janeiro e início de agosto de 2025, sua média foi de US$ 2.779/ton, com variações modestas entre +3,5% e -3,5%.

Em abril, chegou ao pico de US$ 2.876; e no primeiro GDT do ano, ao mínimo de US$ 2.682.

Manteigas: disputa apertada entre AMF e Butter

No universo das manteigas, a versão anidra (AMF) voltou a subir pela segunda vez consecutiva, ficando 2,4% acima da cotação do mesmo evento em 2024.

Enquanto isso, a manteiga tradicional manteve sua melhor performance para o período pelo 15º mês seguido, mas viu sua vantagem frente à AMF diminuir.

A diferença que já foi de US$ 1.106/tonelada, agora é de apenas US$ 133/ton — um sinal de convergência entre os dois produtos.

Queijo Cheddar decepciona

O cheddar segue em queda e amargou o terceiro recuo consecutivo, atingindo seu menor valor desde setembro de 2024. Com isso, ficou 7% abaixo da média anual, que atualmente está em US$ 4.906 por tonelada.

Produtos de menor peso também recuam

Sem negociações de lactose neste evento, outras commodities de menor expressão tiveram variações negativas: o Butter Milk Powder (BMP) caiu 2,0% e a muçarela, 0,1%.

No entanto, comparando com o mesmo evento do ano passado, ambos apresentam crescimento: o BMP valorizou 10,7% e a muçarela 2,4%.

Um sinal de recuperação consistente?

Mesmo com oscilações pontuais nos preços, o panorama geral do GDT 385 mostra que todas as principais commodities estão mais valorizadas que há um ano, o que pode indicar uma recuperação global do mercado lácteo.

Para países exportadores como o Brasil, esse cenário é particularmente relevante.

O comportamento das cotações, especialmente da manteiga e do WMP, deve impactar as estratégias comerciais de indústrias e cooperativas brasileiras, especialmente aquelas voltadas à exportação para mercados asiáticos e africanos.

Além disso, o aumento do volume negociado mostra que há demanda sólida sustentando esses preços.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Selectus – TerraViva®

Te puede interesar

Notas Relacionadas