Apaixonado por cavalos, jogador mantém um haras e também cria gado Nelore em uma propriedade em Sete Lagoas (MG). Conheça o lado fazendeiro do latera
ROCHA
Jogador possui uma vaca premiada na Exposição Megaleite e outra (Estilosa FIV CRL) como Grande Reservada Campeã na Expoinel 2023 — Foto: Divulgação
Com o início do Campeonato Brasileiro e os compromissos do Palmeiras na Libertadores da América e Copa do Brasil no calendário, as idas de Marcos Rocha ao Haras MR2, em Sete Lagoas (MG), devem ficar mais raras em 2024.

O lateral-direito do clube paulista é apaixonado por cavalos da raça Mangalarga Marchador e também está investindo em gado da raça Nelore. Em entrevista à Globo Rural, falou sobre os animais “selecionados e com foco em reprodução e trabalho de pista” que possui na propriedade a 70 quilômetros de Belo Horizonte.

O encanto pelo agro teve início ainda na infância, quando morava na cidade mineira, e contou com o empurrão do avô. Ele trabalhava em fazendas com criações de cavalos e gado leiteiro, atividade que despertou o gosto do neto. A escolha pelo futebol deixou o amor pelo campo de lado, mas não esquecido.

Em 2015, Marcos Rocha foi convidado por um amigo, Ricardo, para visitar uma fazenda e se apaixonou pelos animais do local. Decidiu, então, comprar os primeiros cavalos que, inicialmente, eram usados para passeios e caminhadas. Aos poucos, conseguiu iniciar a criação da raça Mangalarga Marchador.

“Eu não comprei o haras de cara. Primeiro, arrendei uma propriedade de 30 hectares em Sete Lagoas para investir e construir. E, hoje, sou dono deste local onde ficam nossos cavalos de pista”, contou.

Marcos Rocha e sua esposa Gabriela Lanza no Haras MR2, batizado em referência ao nome do atleta e o número da camisa que usa no Palmeiras — Foto: Divulgação
Marcos Rocha e sua esposa Gabriela Lanza no Haras MR2, batizado em referência ao nome do atleta e o número da camisa que usa no Palmeiras — Foto: Divulgação

O Haras MR2, em referência ao nome do atleta e o número da camisa que usa no Palmeiras, é administrado pelo irmão. Além da parceria no trabalho, eles dividem a sociedade de alguns animais.

“Eu sou apaixonado pelo agro e pelas pessoas que fazem o agro acontecer, aquelas que madrugam para proporcionar alimentos para o mundo. Vejo isso como uma fonte de renda pós-futebol e é onde eu quero criar meu filho, pois encontrei pessoas com histórias incríveis, de superação e um coração gigante”.

Com a criação de cavalos segura e de sucesso, Marcos decidiu investir também em gado. E, além de animais de corte da raça Nelore, é parceiro da CRL Agropecuária na genética de uma matriz.

Sempre no pódio

Se dentro das quatro linhas Marcos Rocha é considerado um atleta multicampeão pelos inúmeros títulos celebrados por Palmeiras e Atlético-MG – Recopa Sul-Americana (2), Libertadores (3), Série A (3), Supercopa do Brasil (1), Copa do Brasil (2), Paulistão (4) e Mineiro (4) –, também começou a empilhar conquistas na nova profissão: fazendeiro.

Jogador possui uma vaca premiada na Exposição Megaleite e outra (Estilosa FIV CRL) como Grande Reservada Campeã na Expoinel 2023 — Foto: Divulgação
Jogador possui uma vaca premiada na Exposição Megaleite e outra (Estilosa FIV CRL) como Grande Reservada Campeã na Expoinel 2023 — Foto: Divulgação

No rebanho, possui uma vaca premiada na Exposição Megaleite e outra (Estilosa FIV CRL) como Grande Reservada Campeã na Expoinel 2023, principal evento de Nelore e Nelore Mocho do Brasil.

Entre os cavalos, a égua Catedral chegou ao Haras MR2 já campeã de Marcha Nacional e tem o valor mais caro do haras, segundo o defensor – o preço não foi revelado.

“No meu ponto de vista, é uma égua com uma sela fora do comum e uma genética incrível. Espero ter bons filhos dela. Simplesmente, filha do indiscutível pai da marcha, o Fator da Cavarú Retã”.

Olho no futuro

Aos 35 anos, Marcos Rocha ainda não pensa em pendurar as chuteiras no futebol. Mas, por outro lado, os planos para quando deixar o futebol já estão definidos.

“Sempre que tenho oportunidade, vou a Sete Lagoas ver como andam as coisas. Espero conseguir transformar o agro em uma empresa para que, junto da minha família, isso possa nos dar felicidade e ser minha principal fonte de renda. Sempre pensei nisso como investimento para o pós-carreira”, finaliza.

O documentário de curta metragem foi contemplado pelo edital da Lei de Incentivo Paulo Gustavo, conta com o apoio da Prefeitura Municipal e tem como objetivo apresentar a relevância cultural, social e econômica da produção de laticínios em Carambeí, município cuja história se entrelaça com a imigração europeia e com a própria história do leite no Sul do Brasil.

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