A mastite bovina é uma velha conhecida do pecuarista e vem trazendo prejuízos para os rebanhos no mundo inteiro. Principalmente em decorrência da queda na produção de leite.

mastite bovina é uma velha conhecida do pecuarista e vem trazendo prejuízos para os rebanhos no mundo inteiro. Principalmente em decorrência da queda na produção de leite. Para se ter uma idéia da dimensão do problema, uma vaca acometida pela doença três vezes ao ano, deixa de produzir cerca de 700 kg de leite. Isso sem contar os outros problemas gerados na cadeia produtiva.

De maneira reduzida, trata-se de uma inflamação da glândula mamária de origem microbiana que tem forte relação com o ambiente onde os animais vivem. Estamos falando de um órgão especializado e cada teto ou quarto pode ser afetado de maneira individual. Ao longo deste artigo, você vai entender melhor sobre as formas como se manifesta, os prejuízos causados e principalmente sobre os cuidados preventivos.

3 situações distintas de mastite 

Estudos mostram que 17% dos casos de descarte em rebanhos leiteiros das raças Holandesas e Girolando são por conta da mastite e de outros problemas da glândula mamária. A enfermidade se manifesta em diferentes graus e pode ser classificada de três formas. São elas:

Mastite Clínica: Neste caso, os sintomas inflamatórios estão presentes no úbere e ocorrem mudanças na secreção do leite. Os animais acometidos costumam apresentar perda de apetite, gerando queda na produção de leite. Além disso, há presença de calor, edema, dor e perda da função do órgão afetado.

Mastite Subclínica: A glândula mamária e o leite mantém suas características normais preservadas. O que ocorre é uma queda significativa na produção, e que muitas vezes não é percebida.

Crônica: São casos de mastite que não se resolvem, um quarto mamário apresenta a enfermidade de forma recorrente e são baixas as chances de cura. Em muito casos pode ocorrer a perda definitiva do órgão, em função da fibrose tecidual.

Apesar das perdas serem reais e significativas, muitos produtores acabam negligenciando cuidados importantes para manter a saúde do rebanho.

Queda no volume e na qualidade do leite

Produzir leite com alto padrão de qualidade, oferecendo um produto final com boas características nutricionais e higiênicas deve ser prioridade para os envolvidos na produção leiteira. A mastite, além de causar queda na produtividade, pode alterar o valor nutritivo do leite e em casos mais graves ser veiculadora de doenças transmissíveis aos seres humanos.

Diagnóstico e tratamento 

Existem alguns testes que auxiliam na confirmação de casos da mastites, um deles é o CMT (califórnia Mastite Teste). É muito prático e pode ser realizado dentro da sala de ordenha por um profissional treinado. Outro teste é o de contagem de células somáticas (CCS), trata-se de um exame laboratorial.

O mais prático e muito utilizado é o teste da caneca de fundo escuro. Deve ser realizado ao final de cada ordenha e detecta a mastite clínica nos primeiros jatos de leite. Em casos positivos, ocorre depósito de células de defesa no canal da teta, formando grumos que são visíveis. O tratamento varia de acordo com as características do caso apresentado e exigem medicamentos próprios para cada uma das fases.

Prevenir é sempre o melhor remédio! 

Para manter um rebanho saudável existem alguns cuidados preventivos que devem fazer parte dos cuidados preventivos do rebanho. Aliás, algumas medidas são muito eficazes para reduzir os prejuízos causados pela mastite bovina. Confira abaixo:

Ordenha eficiente: para obter um produto de alta qualidade é fundamental que os tetos estejam sempre limpos e secos. Além disso, órgão deve ser sempre higienizado ao final da ordenha. Desta forma, previne a transferência de bactérias durante o processo.

Tratamento dos quartos na secagem: o melhor momento para realizar o tratamento da mastite é sem dúvidas o período de secagem. Isso, porque neste período é maior a eficácia da antibioticoterapia. O antibiótico permanece durante mais tempo na glândula mamária e a medida na redução e prevenção de novas infecções.

Ambiente limpo e seco: manter sempre limpas e higienizadas as instalações que os animais vivem, interfere em diversos sentidos. No caso da mastite, diminui o risco de transmissão de microrganismos do ambiente para o animal no momento em que é realizada a ordenha.

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Medida até agosto, a produção na América Latina caiu 3%, portanto, há desafios que permanecem, disse o analista da AHDB.

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