No mês passado, a Nestlé lançou uma bebida pré-refeição sob sua marca Boost, voltada para usuários de medicamentos GLP-1 nos EUA.
Medicamento
Drogas como Wegovy e Ozempic, conhecidas por suas propriedades inibidoras de apetite, estão ganhando popularidade nos EUA e na Europa.
Usuários de medicamentos GLP-1 nos Estados Unidos reduziram, em média, 5,5% de seus gastos com supermercados nos seis meses após começarem o tratamento, de acordo com um estudo.

A pesquisa, conduzida pela Universidade Cornell e pelo grupo de insights de consumo Numerator, revelou que famílias americanas com pelo menos um usuário de medicamentos GLP-1 diminuíram seus gastos em aproximadamente 6% nesse período. Famílias de alta renda chegaram a reduzir suas despesas em quase 9%.

Medicamentos GLP-1, como Wegovy e Ozempic, têm ganhado destaque nos EUA e na Europa devido às suas propriedades de supressão de apetite.

 

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A redução de quase 6% nos gastos equivale, em média, a US$ 416 a menos por família em um ano. Para famílias que ganham mais de US$ 125.000 por ano, a queda chega a US$ 690.

Os pesquisadores afirmaram: “Nossos achados destacam o potencial dos medicamentos GLP-1 de remodelar significativamente a demanda por alimentos, uma tendência com implicações cada vez mais relevantes para a indústria alimentícia à medida que o uso desses medicamentos cresce”.

A pesquisa destacou que as maiores reduções de gastos estão em categorias de produtos “ultraprocessados”.

Produtos como salgadinhos, bolos, acompanhamentos e biscoitos registraram uma queda média entre 6,7% e 11,1%.

Além disso, as famílias também reduziram os gastos com alimentos fora de casa. Os valores gastos com café da manhã caíram cerca de 4%, enquanto os gastos com jantares reduziram em 6%.

 

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Por outro lado, opções nutritivas, como iogurte e produtos frescos, foram as menos impactadas.

Segundo o estudo, o uso crescente de medicamentos GLP-1 leva a uma redução geral nos gastos com alimentos, o que traz “implicações significativas para produtores e varejistas do setor de supermercados”.

Essa mudança representa “desafios e oportunidades” para o setor alimentício, segundo os pesquisadores.

Eles sugeriram que empresas dependentes de alimentos calóricos, processados ou indulgentes “provavelmente enfrentarão queda na demanda e precisarão reavaliar seus portfólios de produtos para se manterem competitivas”.

O aumento do uso de medicamentos GLP-1 tem gerado preocupações sobre o impacto potencial nas receitas de fabricantes de alimentos embalados.

No mês passado, a Nestlé lançou uma bebida pré-refeição sob sua marca Boost, voltada para usuários de medicamentos GLP-1 nos EUA.

A gigante suíça também está comercializando uma linha de refeições nos EUA, projetadas como um “complemento” para aqueles que fazem uso de medicamentos GLP-1 para perda de peso.

A Nestlé descreve os produtos Vital Pursuit como “ricos em proteínas, uma boa fonte de fibras, contendo nutrientes essenciais e ajustados em porções para o apetite de usuários de medicamentos para perda de peso”.

A partir deste mês, a Conagra Brands está adicionando selos em alguns de seus produtos Healthy Choice para atrair usuários de medicamentos GLP-1.

O selo “On Track” será aplicado a itens da linha Healthy Choice que são “ricos em proteínas, baixos em calorias e uma boa fonte de fibras”, segundo o fabricante americano, que afirmou que os 26 produtos “são amigáveis aos GLP-1”.

Aproleche, membro do programa Partners da eDairyNews, participa ativamente desta iniciativa que une ciência e inovação para reduzir as emissões de metano na pecuária chilena, destacando o potencial transformador das algas marinhas na sustentabilidade do setor.

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